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Polícia acredita que assassinato de ex-governador foi premeditado

Gerson Camata1As investigações sobre o assassinato do ex-governador Gerson Camata já estão bem avançadas. Para a polícia, o suspeito, Marcos Venício Andrade, que é ex-assessor do politico e já está preso, premeditou o crime. A equipe está levantando provas para confirmar essa suspeita.

Leia também: Assassino confesso de Gerson Camata é levado para presídio em Viana

Após ser preso em flagrante (por meio de denúncias anônimas) cerca de meia hora após o crime, Marcos Venício foi encaminhado a delegacia, onde passou por uma entrevista informal gravada, na qual ele contou como foi a dinâmica do crime.

Em um segundo momento durante o depoimento formal de aproximadamente 50 minutos, o suspeito foi orientado pelo advogado a só falar na presença de um juiz.

“Nós temos dois momentos a partir de quando o Marcos chega à delegacia. Uma entrevista informal, onde ele relata todo o ocorrido, motivação e a dinâmica do crime. Com base nesse depoimento, nós acreditamos que esse crime teria sido premeditado. Ele já teria ido até o local dos fatos pensando em ceifar a vida do ex-governador”, explicou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória, Marcus Vinícius Rodrigues.

De acordo com Marcos Venício, a motivação do crime o bloqueio de R$ 60 mil de sua conta, resultado de uma ação judicial movida contra ele pelo ex-governador.

“O Marcos alega que havia feito algumas acusações contra o ex-governador, e em decorrência dessas acusações, Camata perdeu uma eleição e logo depois ingressou com uma ação de danos morais contra ele, que foi condenado e teve um dinheiro bloqueado judicialmente. No dia do crime, o suspeito diz que foi até o local perguntar por que ele havia feito aquilo e acabou perdendo a cabeça” destacou o delegado.

Marcos Venicio
Marcos Venício Andrade, de 66 anos, é ex-assessor do político

Em relação à arma do crime, Marcos Venício possuía o registro. No entanto, o mesmo estava vencido há cinco anos. No depoimento, ele disse que saiu armado naquele dia para renovar o registro na Policia Federal. Mas para os investigadores, essa é só mais uma prova de premeditação do crime.

Várias testemunhas já foram ouvidas e desmentem parte do relato do suspeito sobre a dinâmica do assassinato. O ex-assessor alega que foi até Camata para tirar satisfação sobre o processo movido contra ele e foi ofendido, mas quem presenciou o crime disse que em nenhum momento essas ofensas aconteceram. O ex-governador teria dito apenas que o assunto seria resolvido com o seu advogado, momento em que Marcos Venício puxou a arma e efetuou o disparo.

As investigações continuam. A policia civil está nas ruas do bairro Praia do Canto onde aconteceu o homicídio, para buscar imagens de câmeras de videomonitoramento que possam ter registrado o exato momento da ação. Algumas testemunhas ainda serão ouvidas e o inquérito deve ser concluído em até dez dias para ser encaminhado a justiça.

O crime

Gerson Camata foi morto na tarde da última quarta-feira (26) com um tiro no pescoço, em frente a um bar na rua Joaquim Lyrio, no bairro Praia do canto, em Vitória. O suspeito, Marcos Venício Moreira Andrade de 66 anos, é ex-assessor do politico.

Camata tinha 77 anos. Durante sua trajetória politica, foi Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador do Estado e Senador. Ele deixa esposa, a ex-deputada federal Rita Camata, dois filhos e uma neta.

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