Quando meu pai, lá pela década de 60, me empurrava para ir para a Espanha, dizia que o Brasil não tinha jeito, seria eternamente uma nação de desocupados, de funcionários públicos, de pessoas que preferiam viver da caridade do que trabalhar.
Aos solavancos, o Brasil caminhou até aqui e, como diz o ditado, “Deus sabe como” (se Deus soubesse, certamente não deixaria ver o que estamos assistindo…) como essa impunidade alarmante, onde a dubiedade nos julgamentos vem da mais alta corte de justiça, o Supremo Tribunal federal.
Continuo confessando, não sei como essa situação que o país atravessa terminará. Não sei o que pode acontecer, se as autoridades judiciárias, com suas dubiedades, afrouxarem as rédeas da capenga moralidade que ostentam e permitir, ao menos, que Lula seja candidato. Aliás, se a justiça brasileira (é impossível) entendesse que ela deveria, com seu poder, reformar o Estado, mudar o país, salvaria sua própria pele.
O país, de todo, não está perdido. Vejam que, lá de Curitiba, um magistrado federal, Sérgio Moro, um grupo de promotores, com apoio da Polícia Federal e o estímulo da sociedade, através de uma impressionante rede social de comunicações, lutam desesperadamente para mudar o país, para prender toda classe política corrupta e, de Sarney a Dilma, ninguém escapa e, Lula, por exemplo, está vendo o sol nascer quadrado. Temer que espere o dele!
Tenho causado certa indignação quando digo que não vejo UM político capaz de empunhar nosso maior símbolo, a Bandeira Brasileira, convocar a sociedades para segui-lo. Surgiu por aí o sr. Jair Bolsonaro, que parece intimidar todo mundo. Existe um pavor generalizados das esquerdas, para que ele, ao menos, não seja candidato. Por que esse pavor de um homem que nunca esteve no poder? Bolsonaro representa tudo à direita do que essa corja de esquerdista sonha, mas toda a esquerda cai de pau sobre ele, como se fosse o demônio em figura de gente…
Não podemos avaliar o que vai acontecer ao Brasil nos próximos 120 dias. É impossível saber até que ponto os ânimos vão se comportar. Quando a sociedade assiste que a presidência da República tem sido ocupada pelos mais imorais homens públicos, para, não dizer ladrões, dá para imaginar o que pode acontecer se a sociedade entender dar um basta em tudo isso.
É profundamente desagradável, triste, ver que a nação caminha para uma indefinição em tudo, onde os três importantes pilares da República estão podres.