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Pneumologista alerta sobre a baixa procura da vacina bivalente

A campanha de imunização contra a Covid com a vacina bivalente segue em baixa em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, de um público-alvo de 55 milhões de pessoas, apenas 12,5 milhões tomaram a vacina bivalente até o mês de maio. Não foi à toa que por conta desta baixa adesão, foi liberada a vacinação para toda a população acima de 18 anos e que tenha ao menos tomado duas doses das vacinas contra a Covid, em um período de quatro meses.

A pneumologista Jessica Polese, que participou de estudo na Universidade Federal do Espírito Santo sobre a Covid, junto a outros pesquisadores, e participou do artigo “Função pulmonar e capacidade de exercício seis meses após a alta hospitalar de pacientes com COVID-19 grave”, publicado pela The Brazilian Journal of Infectious Diseases, mostra preocupação com a baixa adesão ao esquema vacinal, principalmente por tudo que se viveu na pandemia e pela pesquisa a qual participou onde tem dados científicos sobre as sequelas.

“Chamamos as sequelas de Covid longa e percebemos que a longo prazo do COVID-19, especialmente o comprometimento pulmonar, são frequentes, mas não bem compreendidas”, diz a médica. No estudo feito com pacientes que ficaram em estado grave, após seis meses de alta foram percebidas os sintomas, como publicamos no artigo, com informações abaixo”, diz a médica.

Conclusão

6 meses após a alta hospitalar, a função pulmonar reduzida e a capacidade de exercício reduzida foram encontradas com frequência e mais de um quarto permaneceu sintomático. Os sintomas persistentes e o comprometimento funcional sugerem que sequelas e desenvolvimento de Long COVID-19 são muito comuns. A identificação desses pacientes para fornecer os cuidados de saúde necessários é uma tarefa desafiadora, considerando o grande número de pacientes infectados e sobreviventes à doença COVID-19.

Método

O estudo foi realizado para avaliar sintomas (questionário padronizado), função pulmonar (espirometria) e capacidade de exercício (teste de caminhada de 6 minutos) aos 30 (D30), 90 (D90) e 180 (D180) dias após a alta hospitalar de pacientes sobreviventes ao COVID-19 grave. Excluímos neste acompanhamento pacientes com comorbidades antes da infecção por COVID.

Resultados

44 pacientes foram incluídos e 31 (26 homens) completaram o acompanhamento de 6 meses (média de idade 53,6 ± 9,6 anos). No D180, 28% ainda apresentavam pelo menos um sintoma. A mais comum foi dispneia (17,2%), seguida de tosse (13,8%) e mialgia (10,3%). Todos os parâmetros espirométricos apresentaram melhora progressiva de D30 a D180. No entanto, 16% mantiveram padrão restritivo no teste de espirometria, 44% apresentaram dessaturação no teste de caminhada de 6 minutos e 25% caminharam < 75% do valor previsto.

Para a médica, alguns motivos fazem com que a população tenha deixado de se vacinar: “As fake news ainda são disseminadas; a baixa incidência da doença que foi justamente controlada com a vacinação anterior; e para alguns o medo mesmo de se vacinar”, explica.

“É preciso se vacinar por conta da proteção que a bivalente oferece a cepa original e a subvariante da Ômicron, principal vírus que ainda circula no mundo”, pontua Jessica.

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