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18 de abril de 2024
quinta-feira, 18 de abril de 2024

Vitória
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Pés no chinelo

Sou morador de Vitória e, confesso, não me vejo morando em outro lugar, muito embora há 60 anos passe os fins de semana em Guarapari, como uma espécie de fuga, mudança de ares, para refrescar a cabeça.

Tenho, há anos, acompanhado as discussões sobre a criação de um Parque Tecnológico, em área no distrito de Goiabeiras, sem muito resultado, porque não existe uma “vocação” para a capital do Estado ser possuidora de uma área industrial, principalmente para o campo tecnológico, por estar fora do chamado eixo do desenvolvimento nacional, hoje São Paulo e Paraná, mais receptivos ao desenvolvimento industrial de qualidade.

É verdade que a arrecadação dos municípios caiu muito, com a queda de alíquota destinada aos participantes do Fundap, graças à pressão do Estado de São Paulo, que não quer ver nenhum estado crescer, a não ser ele.

A falta de um estudo de viabilidade técnico –econômico para se implantar na ilha de Vitória um Parque Tecnológico, me parece um erro lastimável. Só assim iriamos conhecer vocações e potencialidades para a criação de um projeto de tal ordem. Não se transforma uma região eminentemente residencial em industrial (tecnologia de ponta) sob um simples desejo político.

Vitória não pode despontar como centro tecnológico numa área de 332 mil metros quadrados, em disputa entre os interesses da comunidade, que quer mais residências e de autoridades que sonham com uma espécie de indutor do desenvolvimento econômico, o que me parece irreal, haja vista que há 26 anos se discute se sai ou não o tal Parque Tecnológico do papel!

A impressão que tenho é que as autoridades federais, estaduais e municipais residentes na Grande Vitória não saem de carro, a pé ou de ônibus, à noite. De dia, já começa a ser uma temeridade. De noite, um suicídio. Comumente, assistimos, após as 19 horas, ônibus parados em avenidas sendo revistados pela Polícia Militar. Sejamos francos, vale a pena sair pelas ruas da nossa cidade?

Quem passa pelas avenidas Leitão da Silva, Vitória, Rio Branco e outras, à noite, após as 20 horas, dificilmente pode para em sinal, para não sofrer nas mãos de assaltantes. Não sei avaliar como sairemos dessa monumental onda de criminalidade. O país está se tornando inviável, não dá para pensar em Parque Tecnológico sem dinheiro, sem incentivo à indústria e com o assombro da criminalidade.

É bom sonhar com o desenvolvimento, mas com os pés calçados em chinelos, não dá…

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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