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Perdendo o protagonismo, o MDB-ES busca manter suas cadeiras na Ales e Câmara

lelo_coimbra___bruno_barros__51_-165967Perdendo seu protagonismo eleitoral no pleito do Espírito Santo, o MDB teve que fazer arranjos para alcançar a meta de manter suas bancadas na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ales) e a cadeira do deputado federal, Lelo Coimbra.

Lelo, que também é presidente da sigla no Estado, explicou que a decisão do governador Paulo Hartung de não concorrer a reeleição obrigou o partido a buscar uma nova organização. “Todos os que fazem parte da base do governo, e nós em especial, não esperávamos que isso pudesse acontecer, mesmo ele sinalizando. Ele tem nosso respeito, mas implicou em buscarmos fazer um rearranjo ao longo de 30 dias”, explicou. Segundo o presidente, o natural era lançar Hartung candidato em aliança com o PSDB.

Enquanto a sigla que comanda está na base da candidata ao governo, Rose de Freitas – que deixou o MDB para conseguir concorrer -, os tucanos estão com Renato Casagrande. E a maior contribuição dos emedebistas é o tempo de propaganda na TV.

“Não estamos com o protagonismo da candidatura, mas no governo, pois o governador está filiado ao partido. A sua decisão nos obrigou a fazer rearranjos e somos importantes na construção da aliança e no fortalecimento do tempo de TV. A aliança visa garantir as montagens proporcionais”.

Lelo CoimbraCompromissos e interesses
A união de partidos ideologicamente divergentes, segundo Lelo Coimbra, deixa claro que não se trata de identificação, mas interesses. “Alianças com ideologias tão distritais – no espectro ideológico temos a direita, a esquerda e o centro. Para isso, teria que ter 6 a 8 partidos. Temos 35 partidos e mais 15 pedidos de registro partidos na justiça eleitoral. Esses arranjos não expressam ideologias, mas interesses. Mas esse modelo é que dá o desvio de propósitos, pois você tem de um governo de coalização, um governo de cooptação com troca de cargos”.

Lembrando que Rose de Freitas é quadro dissidente do MDB, se ela for eleita o partido ainda se sente representado. “Quem se reúne para disputar posição de poder, se reúne para contribuir. Temos oito semanas de jornada para conversar com a sociedade e ver o que a sociedade quer para os próximos quatro anos”.

lelo-coimbra-suellen-tonini-1Complexidade do processo e apoio de Hartung
Lelo Coimbra destacou que, em todo Brasil, a montagem das coligações e chapas foram muito complexas. E avalia que o grande responsável para tudo isso foi a fragmentação partidária. “Para se ter uma ideia, dos nossos 30 deputados estaduais, temos 17 em partidos diferentes, isso é coisa de louco. Quando abriu janela para migração, em abril, muitos foram para ambientes que achavam favoráveis, mas na montagem das alianças o “mundo virou pelo avesso”. As construções foram muito difíceis e mudaram a todo momento, até o último minuto do prazo de registro das atas”.

Sem concorrer e pouco se manifestando sobre o processo eleitoral que irá eleger o seu sucessor, o governador Paulo Hartung é esperado pelo partido caso a eleição vá para segundo turno. Segundo o deputado Lelo, o chefe do Executivo estadual participará de alguma forma do processo, sobretudo por ser “um eleitor muito importante”, classifica.

“De alguma forma ele participará. Pelo formato de candidatura que está posto, será uma eleição de dois turnos. E Paulo é um eleitor muito importante. Não é descartado que ele possa contribuir, como ‘eleitor importante’ ou ‘parceiro diferenciado’. Trabalharemos com a sua contribuição”.

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