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Pedido de reintegração de pose surpreende secundarista

O pedido de reintegração de posse feito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), no dia 4 de novembro, surpreendeu os secundaristas responsáveis pela ocupação. Após 12 dias de ocupação, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com a medida alegando não conseguir ter acesso a processos cujos prazos estariam expirando, e que devido à ocupação, os servidores estão operando fora de seus respectivos escritórios.
No local funcionam diversos departamentos entre Gabinete do reitor, Cultura e Comunicação, Gestão de Pessoas, Pró-Reitoria Administrativa, Pró-Reitoria de Conselhos de Pesquisa, além da Advocacia Geral da União (AGU).
Na teoria, a medida contrapõe a própria Universidade. Isso porque segundo a estudante Jessica Del Carmo, a UFES se posicionou contra a PEC 241. “Temos um documento no qual eles são contrários a proposta, nossa principal pauta”.
A comissão de negociação com os estudantes, formada por três pessoas, responde a vários questionamentos no documento, datado de 3 de novembro, feitos pela Diretoria Central dos Estudantes (DCE), que ocupa a reitoria. Entre eles, afirma que já se posicionou em relação a PEC 241 por meio de nota, sendo essa a posição oficial da UFES; que mantém diálogo com o movimento estudantil, e que não há intenção de criminalizar o movimento, já que não foi constatado nenhum atentado ao patrimônio público. Ao fim do documento, pedem a liberação da reitoria.
Segundo Jéssica, a comissão foi criada pelo próprio Reitor, Reinaldo Centoducate, que estaria se recusando a receber os ocupantes. “Ele se negou a dialogar com a maior entidade representativa de estudantes da UFES pelo simples fato de estarmos ocupando. Resolveu então criar a comissão, que vem tentando diálogo, mas não está garantindo os acordos. Acredito que seja uma maneira de colocar servidores e alunos contra o movimento”, afirmou.
Ainda segundo ela, duas tentativas de negociações foram feitas para que os serviços no prédio fossem retomados, ambas sem sucesso. “Liberamos sete setores para trabalhar na questão de pagamento, empenho, compras, além da procuradoria e reitoria. Na segunda negociação nenhum funcionário apareceu para trabalhar”, afirmou.
Os estudantes são contrários a Proposta de Emenda Constitucional 241, que estabelece um teto de gastos no governo federal. O texto-base da proposta foi aprovado em 2º turno na Câmara dos Deputados no último dia 26, por 359 votos a favor e 116 contra. Agora, segue para o Senado Federal como PEC 55, com expectativa de votação para 13 de dezembro.
A medida define que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Ela valerá por 20 anos, o que segundo os contrários a proposta, prejudica seriamente a educação e saúde no país.

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