O secretário Nylton Rodrigues, o delegado geral Guilherme Daré, o comandante dos Bombeiros, Coronel D’Isep, e a forca-tarefa de Linhares se pronunciam nesta manhã de quarta-feira (23) sobre as investigações das mortes dos irmãos Kauã e Joaquim, em Linhares.
Assista a coletiva que ocorreu na manhã desta quarta-feira:
11h40: Coletiva é encerrada
11h38: Delegado André explica que não há previsão para ouvir a pastora Juliana Salles novamente, mas que a hipótese também não está descartada
11h37: Delegado diz que o pastor não aceitou a prisão, “e se demonstrou o tempo todo uma pessoa sem sentimentos”
11h34 – Polícia esclarece que, se condenado, o pastor George pode pegar até 126 anos de prisão. Ele será indiciado por duplo homicídio e duplo estupro vulnerável
11h33 – Delegado André explica que a Polícia Civil não trabalha com possibilidade de exumação do corpo de filha dos pastores, morta há cerca de dois anos, com apenas três meses de vida
11h31: Polícia diz que pastor estava sozinho em casa e, até o presente momento, não ha indícios de novas prisões
11h30: Delegado diz que “sobre a mulher não há na investigação, indícios da participação dela”
11h30: Delegada Suzana: “os trabalhos continuam. Não é possível concluir sobre abusos anteriores. No entanto, a experiência nos demonstram que autores de crimes desse tipo não praticam condutas isoladas”
11h26: Delegado André: “As agressões foram empregadas com o propósito de que as crianças fossem desacordadas, não demonstrassem reação. Ele abusou, as agrediu desacordando-as, e ateou fogo nas vítimas, com o propósito de ocultar o abuso das vítimas”
11h25: Tenente-coronel Ferrari: As crianças estavam juntas, mas não estavam abraçadas. Não foi possível identificar se elas estavam amarradas ou não
11h23: Tenente-coronel Ferrari: “É impossível que o incêndio tenha sido acidental”
11h16: O incêndio normal em um compartimento depende muito da ventilação, e segundo ele (o pastor George), as janelas e portas estavam fechadas. Nesses casos, o incêndio teria uma limitação para se desenvolver muito rápido. O que não era compatível ao que foi relatado.
11h14: Tenente-coronel Ferrari, perito em incêndio do Corpo de Bombeiros diz que “a versão dele era incompatível com a cena do incêndio”
11h13: Perito da Polícia Civil, Fabrício diz que “para a perícia foi um desafio particular”
11h09: Laboratórios realizaram mais de 20 perícias
11h04: Delegado André: “As crianças continham fuligem na traqueia, bem como apresentavam substância no sangue que demonstravam que elas ainda respiravam quando teve início o incêndio. Porém, esse incêndio foi rápido e intenso”.
11h03: O delegado André explicou que as crianças foram agredidas após os abusos sexuais. Marcas de sangue de Joaquim foram encontradas na parede do banheiro.
11h02: Delegado André: O conjunto nos demonstra que naquela madrugada, o investigado inicialmente molestou as duas crianças, tanto seu enteado Kauã, quanto o seu filho Joaquim. Isso é demonstrado tecnicamente.
11h00: Delegado André diz que a força tarefa que investiga o caso não tem mais interesse em ouvir o delegado George Alves
10h57: Delegado André Costa: Durante a perícia foi identificado que o cenário era incompatível com um incêndio acidental
10h50: Autoridades reunidas antes do início da entrevista coletiva
10h48: Secretário de Segurança, Nylton Rodrigues, diz que os laudos periciais “são definitivoss, esclarecedores e inegáveis
Na última terça-feira (22), a Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e prorrogou a prisão temporária do pastor George Alves, única pessoa que estaria em casa com as crianças no dia do incêndio.
No dia 17 deste mês, a Polícia Civil confirmou que o pastor George investigado por homicídio
O caso
A morte dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6 anos, completou um mês na última segunda-feira (21). Os corpos das crianças foram encontrados carbonizados, dentro de um quarto da residência onde moravam, em Linhares.
Na ocasião, o pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, mais conhecido como George, era o único que estava em casa com os irmãos. George era pai de Joaquim e padrasto de Kauã.
Segundo contou a um amigo da família, George disse que acordou com o choro pela babá eletrônica e percebeu que o quarto dos meninos estava em chamas. No mesmo momento, ele afirma que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando também os pés e foi empurrado para fora pela força do fogo.
As mortes de Kauã e Joaquim não foram as primeiras perdas do casal. Há cerca de dois anos o George e Juliana também perderam uma filha quando tinha apenas três meses por problemas de saúde.
No dia 28 de abril, o pastor George foi preso em hotel do município, e encaminhado ao presídio de Viana.
Após o incêndio, os corpos dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal de Vitória, de onde só saíram no dia 10 de maio, após realização de exames de DNA.