Lívia Meneghel – [email protected]
A “roleta-livre”, ação que faz parte do protesto dos rodoviários, tem trazido grandes transtornos às empresas do setor. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SETPES) informou que nos últimos dias o prejuízo foi de 80% da receita, o equivalente a R$ 240 mil diários. Já o Sistema Transcol, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GV Bus), perdeu R$3,4 milhões só nesta quinta e sexta-feira (13).
Quanto à decisão de deflagrar a greve na próxima terça-feira (17), permanece. O Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES) declarou, através do presidente Edson Bastos, que com a possível paralisação total dos ônibus da Grande Vitória, a frota funcionará com apenas 30% dos ônibus.
Bastos afirma, ainda, que a permanência das manifestações até terça-feira, sempre com um “elemento surpresa”, dependerá da resposta dos empresários. Segundo o presidente, o Sindicato está esperando a publicação do edital da greve, e a partir daí respeitará o prazo 72 horas, para que a população se prepare para a paralisação.
De acordo com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), está sendo feito um planejamento especial para que os ônibus permaneçam circulando durante as manifestações, porém, em menor escala. A Companhia orientou que os coletivos continuem circulando normalmente, cobrando passagem ou não.
Nesta sexta, alguns ônibus das linhas municipal e Transcol permanecem com o “passe-livre”, sem a presença do cobrador. Além disso, devido à manifestação, em determinados pontos da GV os coletivos podem sofrer atrasos em seu horário de circulação.
Manifestação
A manifestação da categoria aconteceu nesta quinta-feira (12), em Vitória. Os rodoviários realizaram uma passeata da Avenida Vitória até o Palácio Anchieta, reivindicando o ajuste na escala de final de semana, tíquete alimentação, plano de saúde e reajuste de 20% no salário. Mais de mil trabalhadores participaram da passeata.