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quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Paralisação dos militares causa interrupção de serviços em todo ES

9a9de2e5-1152-45c8-9e04-e5e24003f8feEscolas fechadas. Postos de saúde fechados. Comércio fechado. Tudo está interrompido ou suspenso por enquanto. É a sociedade sentindo a ausência da Polícia Militar do Espírito Santo nas ruas. A PMES está, desde a última sexta-feira (3) passando por uma “greve branca” ou “aquartelamento”, como classificou o Governo do Estado por meio da secretaria de Segurança (Sesp). Porém, conforme ESHOJE informou com exclusividade na sexta, famílias dos militares realizam um ato de protesto, impedindo o funcionamento pleno dos Batalhões da PMES e Corpo de Bombeiros. Relembre

 

Com cartazes com dizeres como “A polícia que mais diminui índices no Brasil tem o menor salário”, “O pior salário do Brasil” e “Cumpra-se a Lei, correção salarial já”, o grupo permanece nas entradas dos batalhões e Companhias inteiras estão impedidas de atuar.

Para tentar expor ao Governo o a real situação da PMES, as associações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS), dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes), dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas de Militares do Estado do Espírito Santo (Aspomires) e dos Bombeiros Militares do ES (ABMES), se reuniram e enviaram um documento solicitando uma reunião com o Governador Paulo Hartung.

O documento foi oficializado no dia 31 de janeiro e enviado ao Governo no dia seguinte, sugerindo que o encontro fosse realizado até a primeira quinzena deste mês. São sete anos sem aumento e três anos sem revisão anual, salário de pouco mais de R$2.600,00, o menor entre os estados brasileiros, informa o presidente da Assomes o Major Rogério Fernandes Lima.

Escolas e unidades de saúde fechadas

A Prefeitura de Vitória informa que decidiu suspender as aulas, marcadas para começar nesta segunda-feira (6), para garantir a segurança dos alunos, professores e servidores. As unidades de saúde de Vitória também não irão funcionar nesta segunda.

Por meio de nota a PMV informou que “De forma a resguardar a integridade e a segurança de pacientes e servidores da Saúde, a Prefeitura de Vitória decidiu suspender o atendimento em todas as unidades de saúde de Vitória nesta segunda-feira (6). Com isso, a vacinação contra a febre amarela está temporariamente suspensa até a normalização até o fim do protesto dos familiares de policiais militares. Já o atendimento nos pronto-atendimentos da Praia do Suá e São Pedro continua normal neste início de semana”.

A Justiça decidiu suspender processos e prazos processuais e o Ministério Público estadual decidiu pela suspensão do expediente na Procuradoria-Geral de Justiça e nas Promotorias de Justiça da Região Metropolitana, como medida preventiva, até que a situação na área de Segurança Pública retorne à normalidade. As chefias de Promotoria de Justiça dos demais municípios devem avaliar a necessidade da suspensão do expediente e relatar os fatos à Administração Superior. Nesta segunda-feira (6) será feita uma nova avaliação do quadro e as informações serão publicadas nos canais internos de comunicação.

O Instituto Federal de Ensino (Ifes) também suspendeu suas aulas e a Universidade Federal (Ufes) seguiu na mesma linha alegando necessidade de resguardar a segurança de alunos e servidores. A rede particular de educação, que retomaria as atividades nesta segunda, também suspendeu.

Fim de semana de terror

Com o impedimento da saída e entrada de viaturas dos Batalhões da PMES em todo Espírito Santo, os militares não estão nas ruas garantindo a segurança da sociedade capixaba. Desta forma, os índices de criminalidade e vandalismo foram às alturas no fim de semana. De sexta-feira (3) a madrugada desta segunda-feira (6) foram registradas 22 mortes, além de assaltos, arrombamentos de imóveis, roubo de veículos e arrastões.

No domingo o Shopping Mestre Álvaro, na Serra, foi alvo de ação de criminosos. A administração do mall nega, mas quem esteve lá relata os momentos de horror. “Eu estava dentro de uma loja de departamento e os funcionários fecharam as portas, com vários clientes dentro. As pessoas gritavam, choravam, todos estávamos desesperados. A gente via gente no chão, sendo agredida. Foi horrível”, relatou Mariana Dias.

Em Campo Grande, Cariacica, maior polo comercial da cidade, quatro lojas foram arrombadas e saqueadas. Em Laranjeiras, na Serra, diversos relatos de arrastões.

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