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Paralisação da PM: sargento conta o que mudou após um ano

Sargento conta o que melhorou e o que piorou depois da greve
Sargento conta o que melhorou e o que piorou depois da greve

Após um ano do movimento que paralisou o trabalho dos Policiais Militares no Espírito Santo, o ESHoje conversou com o sargento Renato Martins, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar. O principal objetivo da associação agora é mostrar para a população a importância das boas condições de trabalho para os policiais.

O sargento recebeu o ESHoje na Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Bombeiro Militar do Espírito Santo, no bairro Joana D’arc, em Vitória e contou sobre as mudanças positivas e negativas para os militares. O movimento se iniciou em 03 de fevereiro de 2017 e marcou o inicio de ano do capixaba.

Uma das mudanças ocorreu na Lei de Promoção da Polícia Militar, que alterou as regras para elevação de cargo dos profissionais da instituição. O sargento acredita que a nova lei não trouxe avanços para a categoria; na verdade representa um retrocesso, pois descartou anos de estudos de vários Policiais Militares.

“Muitos policiais, até mais antigos, correram pros bancos escolares pra se aprimorarem. Isso proporcionado pela lei de promoção que vigorava até então. Hoje, nós temos uma massa de praças com curso superior, graças a essa legislação anterior. E ela foi revogada! E a nova lei colocou uma pontuação de título para curso superior de um ponto. Se um militar tomar uma punição leve, ele perde esse título. A nova lei valorou demasiadamente as questões de comportamento, e desagradou muito os policiais”, explicou.

Além disso, o sargento afirma que antes da revogação da nova lei, já havia um atraso nas promoções de cabos e de soldados que não foram cumpridas na forma da lei anterior, desrespeitando o princípio constitucional do direito adquirido. Ou seja, os policiais que já tinham direito a promoção na lei anterior, não puderam usufruir.

No entanto, em contrapartida a esse retrocesso, o sargento acredita que a corporação ganhou o apoio da população, que deixou de ver os policiais como robôs e passou a perceber a importância desses profissionais.

“O aspecto positivo do que aconteceu em fevereiro: cidadãos civis das mais diversas classes passam e nos cumprimentam, falam conosco, dão mensagem de apoio. Isso foi uma mudança que eu percebi porque eu considero extremamente positiva. Falo como policial, fico muito feliz quando eu estou no policiamento e algum cidadão cumprimenta, deseja que o serviço seja bom. Essa conexão com a população a gente quer manter”.

Para fortalecer esse apoio da população aos profissionais da segurança, a Associação de Cabos e Soldados tem investido em publicidade para que a população tome conhecimento das condições de trabalho dos Policiais Militares e reconheça a importância do trabalho da corporação.

“A Associação fez uma campanha de conscientização da população, demonstrando como estão os policiais a após esse período. E pretendemos continuar informando a população sobre as condições de trabalho. A gente tem q dar a mão à palmatória. Quando a população vê acontecer uma crise daquela magnitude, ela fica sem saber por que que isso aconteceu. A postura que a associação pretende ter principalmente perante a população, é a de estar informando”.

Um dos exemplos dessa publicidade que o capixaba pode notar são os outdoors da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar espalhados pela Grande Vitória.

Por Bárbara Caldeiras

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