Preso por estupro, o deputado estadual Luiz Durão (PDT) vai poder continuar se escorando no foro privilegiado que o mandato lhe dá. Ele não foi reeleito deputado no pleito de outubro, mas ficou na suplência da coligação (PDT-PPL-PSD-DEM). E todos os movimentos pedetistas foram feitos para que a vaga fosse aberta e ele retornasse ao Legislativo capixaba. E a prisão na última sexta-feira (4) reforçou isso.
O governador deixou nas mãos do PDT a decisão sobre a indicação do partido para a secretaria de Esportes. E, segundo uma liderança pedetista, a Executiva estadual está dividida, mas tende a manter a indicação de Marcelo. Por força do recesso parlamentar, a vaga está sendo ocupada por Alessandro Comper, que é uma dos grandes aliados do presidente da sigla, deputado federal Sergio Vidigal.
Um pedetista que preferiu não ter o nome exposto diz que há quem prefira manter Marcelo Santos deputado. Mas, de acordo com o secretário-geral do partido, Weverson Meireles, o PDT vai manter os planos, por enquanto. “Vamos discutir o caso em hora oportuna, por enquanto tudo está mantido. Vamos aguardar a justiça se pronunciar para definir qualquer mudança de plano e até mesmo que medidas tomar com relação ao próprio Luiz Durão”.
No último sábado (5), o governador Casagrande afirmou à reportagem de ESHOJE, que espera o bom senso de Vidigal e do PDT para definir a questão.
Luiz Durão está preso em cela especial no Quartel Geral do Corpo de Bombeiros, em Vitória, acusado de estuprar uma menina de 17 anos. Ela teria pegado uma carona com o parlamentar de Linhares para Vitória, e os dois foram flagrados saindo de um motel localizado no município da Serra. A prisão foi feita após denúncia da família da menina.
A prisão foi em flagrante, mas em decisão do desembargador Telêmaco Antunes, foi convertida em preventiva. O caso segue em segredo de justiça por ser crime de cunho sexual.
Na Assembleia Legislativa, a posição do presidente da Casa, deputado Rrick Musso (PRB), também é aguardar. “Assim que formos notificados oficialmente, a Procuradoria deve se reunir com a Mesa Diretora para ver se cabe alguma medida. Por enquanto, nao temos ciência dos autos. Então, qualquer julgamento seria baseado no que sabemos da imprensa. É preciso conhecer o processo para ver se cabe alguma medida”, disse por meio de sua assessoria.