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Pacientes e profissionais se sentem inseguros no HUCAM após morte de médica

MilenaO julgamento do caso Milena Gottardi, médica assassinada no estacionamento do Hospital das Clínicas (HUCAM), em Vitória, começa nesta terça-feira (16), quatro meses após o crime. Passado esse tempo, a área onde tudo aconteceu foi fechada.

Luminárias foram instaladas e a guarita de entrada está reativada. Mesmo assim, profissionais e pacientes relataram a reportagem do ESHOJE que se sentem pouco seguros no local.

Um profissional do hospital, que preferiu não ser identificada, disse que a morte da médica levantou questionamentos sobre a segurança no HUCAM.

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Local do crime foi fechado após o assassinato de Milena. Foto: Thais Rossi

“Vemos que na prática não mudou muito. Prometeram muita coisa, aumento de segurança e mais iluminação. O máximo que fizeram foi cortar árvores para abrir caminhos, que é uma solução prejudicial ao meio ambiente. A noite não ficamos andando por ai. Esperamos sempre amanhecer pra sair. De dia tem guardas, mas eles não podem fazer muita coisa”.

Outra profissional da HUCAM, que também não será identificada, disse que após a morte da médica foram instaladas luminárias, mas não adiantou muito. “Trabalho o dia todo aqui. Há uns 20 anos era tudo iluminado. Hoje não me sinto segura. Conheci a Milena. Era muito humana e querida. Tinha um coração gigante”, disse.

A auxiliar de serviços gerais, Vagna dos Santos Pereira, acha que o local é seguro, mas houve reforço após a morte da médica. “Após as 22h não podemos mais sair e ninguém entra. Tem guardas. Já frequentava antes da morte da Milena, quando a segurança não era reforçada”.

O professor Rodrigo Loureiro diz que após a morte de Milena, fica com medo de estacionar o carro na parte de baixo do hospital. “Já aconteceu assaltados de levarem carros. Não venho aqui a noite faz um bom tempo, mas na época que frequentava era muito escuro e perigoso. Mas está com mais segurança. Quando cheguei percebei que os guardas me observavam entrar. Há muitos anos atrás me lembro de receber um papel para apresentar na saída. Já nos deixava mais seguros”.

A também professora Joelma Loureiro disse que o hospital tem muitas árvores, o que dificulta a iluminação. “Quando recebíamos o cartão para apresentar na saída era uma forma de inibir. A pessoa precisa de uma identificação”.

Expectativa da família
milena gottardiPara o tio de Milena, Geraldo Gottardi, a expectativa é de pena máxima para os acusados. Ele não estará presente no julgamento, mas se disse confiante. Afirmou Hilário Frasson criou tumulto após ser divulgado que o padre que celebrou o casamento dele com Milena será testemunha.

“O padre era muito amigo nosso antes mesmo de conhece-lo. Ele entrou de gaiato e quer aparecer. O padre está sofrendo. Estamos para comunicar a imprensa que em momento nenhum vamos pressioná-lo a depor a nosso favor. Ele tem direito de fazer o que quer”.

Disse ainda que toda a família está apreensiva e espera pelas condenações. “Nunca tivemos dúvidas. E estamos tentando fazer com que as duas filha dela estejam bem. Elas estão sentindo. Mas temos fé em deus que dará tudo certo”.

WhatsApp Image 2018-01-15 at 12.01.51O crime
Milena Gottardi
tinha 38 anos quando foi baleada na noite do dia 14 de setembro de 2017 quando saia do plantão médico. Ela entrou em coma e faleceu um dia depois. Para a polícia civil, tudo foi arquitetado pelo marido dela, Hilário Frasson, com ajuda do pai dele, Esperidião Frasson. Motivados por dinheiro e ódio, eles teriam contratado dois intermediários e planejaram a morte da vítima.

Na avaliação do responsável pelo caso, delegado Janderson Lube, o ex-sogro passou a ver Milena como um problema financeiro, e não mais como membra da família. Uma vez que a separação fosse consumada, Hilário seria obrigado a ter responsabilidades financeiras com a médica e as duas filhas deles. “Ele queria a volta do casamento, mas quando percebeu, dois meses antes do crime, que a doutora Milena estava decidida pela separação, Esperidião e o filho começaram a arquitetar o crime”, explicou.

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