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Organização pede inclusão de animais em planos de redução de risco em desastres

Foto: Tadeu Bianconi
Foto: Tadeu Bianconi

Em comemoração ao Dia Internacional da Redução de Desastres, a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) pede a governos de todo o mundo que incluam os animais nas políticas de redução de risco em desastres. O plano de ação visa o bem-estar de comunidades em que a economia é baseada na agricultura, estima-se que 2,5 bilhões de pessoas são pequenos agricultores, pastores e pescadores – ou seja, precisam de animais para subsistência.

No Brasil a situação não é diferente, o País não conta com um trabalho estruturado, e são poucos os profissionais capacitados nos órgãos governamentais para manejar animais em situações de desastres naturais (como seca, enchente e desmoronamento). A organização entende que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) juntamente com os Ministérios da Integração, do Meio Ambiente e da Saúde deve atuar de forma colaborativa e construir em conjunto com a sociedade planos para minimizar os impactos causados, ajudando pequenos, médios e grandes produtores rurais, tutores de animais e ONGs a protegerem seus animais em casos de acidentes.

As medidas de prevenção incluem desde ações simples, como rota de evacuação de animais em fazendas próximas a rios e áreas de deslizamento, até equipamentos e estruturas apropriadas, como geradores e alimentos especiais que podem ser estocados.

Diante desse cenário, nos dias 24 e 26 de outubro, a Proteção Animal Mundial, em parceria com a Escola de Defesa Civil (EsDEC), ministra no Rio de Janeiro curso de manejo de animais em situações de desastre e auxilia na construção de planos de redução de risco, a fim de minimizar os impactos no bem-estar animal, na saúde pública e na sociedade.

Participarão do evento agentes de Defesa Civil, membros de instituições governamentais, ONGs, veterinários e estudantes de Medicina Veterinária. “Com esse curso temos a intenção de começar a gerar capacidades para que o Brasil possa incluir a proteção de animais no plano nacional”, explica Rosângela Ribeiro, gerente de programas veterinários da Proteção Animal Mundial no Brasil. “A proteção de animais em ações de redução de riscos de desastres só é efetiva quando os que atuam na ponta estão treinados para operacionalizar as diretrizes nacionais. E vice-versa: é no âmbito local que se aprende o que funciona ou não. Sem esse conhecimento para subsidiar os planos, diretrizes nacionais são vazias”, completa a gerente.

Comunidades dependentes de animais são extremamente vulneráveis a desastres naturais, muitos dos países com as maiores densidades de criadores de gado são também aqueles com altos índices de multirrisco. Um estudo abrangente de 78 avaliações de necessidades pós-desastre, cobrindo 48 países em desenvolvimento, constatou que as perdas de colheitas e de gado totalizaram mais de US$ 24 bilhões.

“O fato de os animais não estarem nos planos de contingência muito nos preocupa, pois a recuperação da comunidade afetada é mais lenta e dolorosa. Além da perda humana eles precisam se restabelecer economicamente. Por meio do nosso trabalho na África, América Latina e Ásia-Pacífico, temos visto economias e comunidades sofrerem com essa falta de preparo”, declara Rosângela.

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