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Operação Maçarico: PF diz que deputado comandava desvio de verba de associação

A Polícia Federal, em conjunto com a Procuradoria Regional Eleitoral deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) a Operação Maçarico. Foram expedidos cinco mandados de busca domiciliar e um de prisão preventiva para Gilvan Douglas, chefe de gabinete do deputado estadual Almir Vieira (PRP).

A operação ocorreu como parte da investigação que apura o desvio de quase R$ 1,5 milhão da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES), por meio de empresas de fachada e dados de terceiros.

PF cumpre mandado no gabinete do deputado Almir Vieira

Segundo o Procurador Carlos Vinicius Cabeleira, em 2013, antes de candidato, o deputado Almir Vieira era presidente da Associação. Durante sua campanha eleitoral em 2014, cheques da entidade eram depositados na conta de João Augusto Rocha, apontado como responsável por receber cheques de um hospital da associação. Esse dinheiro era sacado em espécie e depositado na conta de campanha do deputado, em nome de pessoas físicas, usadas como “laranjas”.

Ainda segundo as investigações, notas falsas eram emitidas em nome de empresas inexistentes, a título de pagamento de serviços de obras. Do total desviado, R$ 252 mil teriam bancado a campanha eleitoral do deputado em 2014, além de terem sido feitos saques em espécie. Darla Rocha, funcionário do gabinete do deputado e irmã de João Augusto, seria a contadora das empresas, e responsável por emitir as notas.

Gilvan Douglas Correia, considerado o braço direito do deputado, teria coagido testemunhas, armado. Os que não se coagiram, denunciaram o chefe de gabinete ao Ministério Público, e então foi emitido o mandado de prisão. Os mandados de busca aconteceram na Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo, e na casa do chefe de gabinete, onde ele foi preso. Entre os crimes denunciados, estão os de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato.

O uso desse dinheiro oriundo de crime configura também abuso de poder econômico. Por isso desde 2014, Almir Vieira está sendo processado por abuso de poder econômico perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), e também por gasto e arrecadação ilícita em campanha eleitoral. Essa duas ações, que são eleitorais e não criminais, podem resultar na cassação do mandato do deputado. A partir do oferecimento da denuncia, a relatora irá analisar e caberá ao TRE receber a denuncia e dar seguimento ação penal. Se condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.

Deputado diz desconhecer denúncia
Diante de todos os fatos apresentados pela Polícia Federal à imprensa nesta quarta-feira (17), o deputado estadual Almir Vieira se manifestou por meio de nota, informou que “somente tomou conhecimento hoje pela imprensa da existência de ação penal em seu desfavor. O deputado tão logo irá apresentar sua defesa na referida ação penal. Almir Vieira pleiteia que lhe seja concedido o direito a presunção de sua inocência”, diz a nota. (matéria atualizada às 15 horas)

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