A vida de quem depende de Transcol para se locomover na Grande Vitória amanheceu complicada nesta terça-feira (12). Um protesto de funcionários da viação Santa Zita fechou a garagem, localizada em Viana, e os ônibus foram impedidos de sair. A empresa é responsável pela operação das linhas que atendem maior parte do município de Viana e também alguns bairros de Cariacica.
Linhas importantes, como 500, 504, 509, 515, 526, 591 e 700, são operados pela empresa e foram afetadas com a paralisação.
De acordo com um funcionário, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Espírito Santo está no local desde às 04 horas, impedindo a saída dos ônibus da garagem.
De acordo com Élcio Valentim, representante do Sindirodoviários, duas são as motivações para o manifesto: a primeira é um caso de agressão a um cobrador por um usuário que pulou a roleta – o funcionário encontra-se internado -; outra justificativa é a troca de regime de contratação. “A jornada reduzida não está na convenção e propõe metade do salário, metade de tudo. Se a gente deixar isso acontecer, daqui a pouco eles mandam embora um pai de família por ter a jornada integral e colocam outro com jornada reduzida no lugar dele. Por não estar na convenção, isso é ilegal e nós não vamos aceitar”, explicou.
O ajudante de Cozinha Maycon Barbosa mora em Marcílio de Noronha e trabalha em um hospital na Avenida Marechal Campos, em Vitória e não conseguiu chegar ao trabalho, mesmo estando no ponto de ônibus desde as cinco da manhã “Eu e minhas duas colegas de trabalho estamos aqui desde as 5 horas da manhã esperando ônibus e não passa nenhum, isso prejudica o trabalhador, eu consegui ligar para o hospital e conversar com a minha supervisora por volta das 6h20m, agora já vai dar 10h e eu ainda estou aqui, vou pra casa porque não vai dar para chegar no trabalho hoje”.