Uma busca de 50 anos chegou ao fim na tarde de quinta-feira (23), na cidade de Santa Teresa, região central capixaba. Em meio a uma população de mais de 20 mil habitantes duas irmãs se encontraram. Tudo foi possível com o apoio dos voluntários da ONG Gente Buscando Gente.
A busca começou em maio de 2015, quando os voluntários da ONG saíram de Governador Valadares, Minas Gerais, e foram até a cidade de Conselheiro Pena (MG) para conhecer a história de dona Maria Pereira da Silva, de 74 anos. Ela procurava os irmãos, que foram levados para o Estado do Rio de Janeiro há cerca de 50 anos.
Maria contou que eles moravam no povoado de Palmeirinha, em Resplendor (MG), na casa que eles trabalhavam, quando a irmã Luzia foi buscá-los e os teria levado para a cidade de Parati Mirim (RJ). O que ela acreditava era que seus irmãos receberam o mesmo sobrenome dela. “Sentia muita falta, só Deus sabe da minha saudade”, contou emocionada.
Com um ano e dez meses de trabalho, a ONG a encontrou Laura Pereira da Silva, hoje com 73 anos, que vive na cidade capixaba de Santa Tereza. Quase 300 km separavam as duas irmãs e a busca não foi simples. “A dona Maria não tinha lembranças muito boas, o que nos dificultou na busca. Ela trocou o nome da irmã, e disse que se chamava Laurita. Chegamos a encontrar uma Laurita Pereira em Cola tina e também buscamos no Rio de Janeiro. Mas, depois conseguimos descobrir a confusão e proporcionar esse reencontro”, explicou o diretor da ONG, Carlos Rodrigues.
O reencontro emocionou as duas Maria, que tem quatro filhos vivos, pôde rever a irmã e conhecer os sobrinhos. E Laura garante que elas, mesmo morando em estados diferentes, não vão mais se desligar. “Parece que eu morri e nasci de novo. Eu tinha perdido as esperanças, mas foi a realização de um sonho, foi o dia mais feliz da minha vida”, disse emocionada a irmã que mora no ES.
Agora as duas querem reencontrar os outros nove irmãos. “Luzia levou nossos irmãos para o Rio e só ficamos eu e Maria. Depois eu casei, mudei, minha mãe morreu e a gente se perdeu. Agora a gente não se separa, pois eu vou lá e ela vem também. E vamos procurar os outros irmãos”, finalizou.
Meu pai se chamava Waldecí Pereira da Silva, faleceu aos 78 anos, e falava que tinha uma irmã chamada Maria, e uma chamada Luzia, me idenfiquei muito com a história;
Ele também contou que era órfão, essa irmã Maria era casada com o Sr. Neuta, a chamavam “Maria de Neuta” por causa disso.
Meu pai era do Estado do Maranhão, saiu de lá aos 18 anos e veio para o Rio de Janeiro.
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