Um coral formado por 35 crianças em situação de vulnerabilidade social dos bairros da Penha, São Benedito e Itararé foi convidado para se apresentar nas cidades de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais. Para aceitar o convite, a ONG SECRI, que é responsável pelo trabalho, está em busca de ajuda para custear os gastos da viagem, marcada para novembro.
De acordo com Daniel Machado, pedagogo do projeto, para cobrir as despesas, seria necessário inicialmente o valor de R$ 15 mil, mas eles querem promover outras atividades educativas com os integrantes do coral. “O valor inicial para as despesas com transporte, alimentação e hospedagem será de 15 mil reais, mas se conseguirmos arrecadar mais, vamos poder dar a eles conhecimentos educacionais em museus”.
Para conseguir o valor, a ONG buscou várias alternativas. A principal delas é uma vaquinha online, onde qualquer pessoa pode doar uma quantia de sua preferência. Até o momento, eles conseguiram arrecadar R$ 740,00. O grupo também está participando do edital de locomoção da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e em busca de patrocínio de empresas particulares. Porém, consideram que os dois últimos são os mais difíceis de obter.
O pedagogo destaca a importância desse projeto e da viagem para as crianças. “O movimento foi criado para tirar a imagem de que o menino do morro não tem condições de ser alguém, de trabalhar. A arte é uma oportunidade incrível. Eu tive a chance de mudar meu destino e quero passar isso para as crianças, ensinando música e direcionando por meio da arte”.
Conheça mais sobre a ONG SECRI
O Secri atende crianças de 6 a 13 anos, que realizam, através de voluntários, atividades no contra turno escolar, por meio de projetos, aulas de dança, capoeira, maculelê, teatro, literatura e música com violão, flauta doce, percussão e canto coral.
Neste ano, eles iniciaram apresentações fora da ONG, e cantaram no XXV Festival Internacional de Música em Domingos Martins, no interior do Estado. Agora, o coral está indo em busca dessa nova oportunidade em Minas Gerais.
Por Pedro Cunha e Lizandra Amario
