por Paulo Cesar Dutra
O Espírito Santo tem hoje 315 obras paradas que já custaram aos cofres públicos mais de R$ 1,6 bilhão. As informações são do Tribunal de Contas do Estado (TCES) e do Tribunal de Contas da União – TCU. A falta de planejamento dos órgãos públicos e transparências, “presenteou” a população com esqueletos de concreto ou obras em vias de serem entregues que, na prática, não servem para nada. São verdadeiros elefantes brancos.
Do total de obras que estão paradas, 72 são do governo do Espírito Santo (quase 23% do total), e custaram até o momento R$ 1.178.670.800,93, ou seja, quase 70% do que foi gasto com projetos inconclusos. O restante das obras está a cargo de administrações municipais.
Ou seja, obras públicas continuam na promessa no Espírito Santo. Vão do emblemático Cais das Arte, sem acabamento e sem uso na Enseada do Suá, em Vitória, à Rodovia Leste-Oeste, que ligará Vila Velha a Cariacica, iniciada em 2007. A lista é longa.
É assim que andam as obras do governo estadual e das prefeituras da Grande Vitória e algumas do interior. Curioso é que o Ministério Público do Espírito Santo – MPES – não enxerga isto. Se há prejuízo ao erário é responsabilidade institucional do MPES apurar essa informação oficial do TCES e TCU.
O que podemos supor em tal situação! O Ministério Público do Espírito Santo é míope ou conivente?
Pesadelo toma conta
Há 10 anos, as diretorias do Banestes que estiveram e estão à frente do banco, entre 2007 e 2017, convivem com o mesmo pesadelo. O de não o calote de R$ 57 milhões ( valores de 2007) do Grupo Infinity Bio-Energy, de propriedade dos “aventureiros do etanol, o ex-governador da Flórida, EUA, Jeb Bush e o ex-ministro da Agricultura de Lula, Roberto Rodrigues.
Segundo fontes de bastidores, o então presidente do banco, Roberto Penedo, que liberou o empréstimo bancário, no início do processo de cobrança, procurou as pessoas mais próximas do grupo na tentativa de receber, mas sem êxito. O mistério do empréstimo é de que ninguém sabe onde foi parar o dinheiro, uma vez que os caloteiros não gastaram nenhum centavo dos R$ 57 milhões, aqui no Estado.
Quebra de sigilo
O Juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Vara Criminal de Vitória, quebrou o sigilo do processo que condenou a 18 anos e 9 meses de reclusão o empresário Luiz Carlos Zulske, e a 14 anos e 7 meses de reclusão o advogado criminalista Clayde Luis Martinelli, primo de Luiz. Os dois são acusados de serem o mandante e o intermediário, respectivamente, do assassinato do comerciante e ex-candidato a prefeito de Baixo Guandu, Marcos Antônio Zopelari, no dia 4 de outubro de 2006. O processo agora está disponível ao público.
Orçamento 2018 do ES
A primeira Audiência Pública presencial para a elaboração do Orçamento Anual do Estado de 2018 será realizada nesta quinta-feira (20), no município de Boa Esperança, na Região Nordeste do Espírito Santo. Um dia depois, será a vez de moradores da Região Centro-Oeste destacarem quais são os desafios dos locais onde moram e trabalham, e que merecem maior atenção do Governo, podendo também sugerir soluções para os problemas apontados. Esse segundo encontro será realizado em São Gabriel da Palha, a partir das 13 horas de amanha, sexta-feira (21).
Barragens
A última etapa das obras para o fechamento da Barragem de Pinheiros terá início na próxima terça-feira (25). Esta é a fase final para que o reservatório entre em operação. O anúncio foi feito terça-feira (18) pelo secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto. Segundo explicou o secretário, trata-se do fechamento da galeria que servia para que as águas do Rio Itauninhas passassem. Com o fechamento dela, que possui quatro metros de altura por quatro metros de largura e cinco metros de profundidade, a água passará a ser reservada na barragem. Após isso, o reservatório fica pronto para entrar em funcionamento.
