Foto: Geraldo Cesar
Um investimento de 7,5 milhões de reais de recursos federais e uma obra inacabada. Esta é a situação da Escola Técnica Estadual de Iúna, que foi contemplada com o Programa Mais Brasil Profissionalizantes. O contrato para execução da obra foi assinado em fevereiro de 2013 e começou a ser executado no dia 24 do mesmo ano. O prazo para a construção da escola era de 420 dias – isto é, início do ano passado.
Essas informações estão no site do Geo-obras do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Já estamos em 2016, e as obras não tiveram progresso, já são mais de 800 dias em atraso. Com parte da estrutura construída, o que seria a escola técnica estadual com capacidade para 1.200 alunos, virou um local abandonado, tomado pelo mato e com materiais ficando inutilizados.
O deputado Sérgio Mageski informou que em 29 de fevereiro deste ano o contrato para a construção da escola foi rescindido pelo governo. No dia 8 de abril foi iniciada uma apuração do caso. O prazo para sua conclusão era de 90 dias. “Não temos conhecimento se houve a conclusão. E estamos protocolando um requerimento junto à Secretaria de Ciência e Tecnologia arguindo sobre a conclusão da tomada de contas e a data para retomada da obra”, concluiu o deputado.
Foto: Geraldo Cesar
Em sessão ordinária no dia 5 de agosto na Assembléia Legislativa, o também deputado Gilsinho Lopes, levou o assunto, mostrou os dados e fotosde como a obra se encontra. “Está tudo largado, o mato está tomando conta da escola, até as placas estão largadas”, frisou.
O Gilsinho acrescentou que a cidade do sul do Estado necessita de mais atenção. “Isso é falta de gestão, falta de respeito com um município importante para a região do Caparaó. Eu sempre trago emendas desta cidade. Iúna está precisando de socorro e nós precisamos olhar para este município”, pediu.
O secretário de Tecnologia de Informação e Comunicação da prefeitura de Iúna Carlos Roberto Filgueiras informou que o Governo não deu um posicionamento oficial sobre a construção da escola para a prefeitura. Segundo ele, em algumas conversas informais a obra parou por problemas com as licitações. E ainda há uma indecisão sobre a real destinação da escola.
A empresa responsável por realizar a obra era a Quality Serviços e Construções Ltda. A reportagem foi a dois endereços encontrados na internet, mas a empresa não funciona mais nos locais. O ESHOJE também entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) e com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI), mas até o fechamento da edição as pastas não comentaram o assunto.
No site do MEC, foram divulgados dados sobre o Programa Brasil Profissionalizado, o qual a escola de Iúna faz parte. Eles mostram que desde 2007, quando o programa foi lançado, até janeiro de 2016, o Programa atendeu instituições de educação profissional de 24 estados. Foram concluídas 342 obras, sendo 86 novas escolas, 256 ampliações e/ou reformas. Ainda foram entregues 635 laboratórios para aulas práticas.
Por: Hanna Carolina
