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O vício maldito da bebida

Dia desses, lá em Prajapatbostin, na Índia, 15 elefantes encontraram pela frente toneis de cerveja que as mulheres da aldeia haviam preparado com arroz fermentado. Beberam tudo. E, bêbados, começaram uma arruaça que resultou em quatro prajapatbostinenses mortos e seis feridos.

         Em Fulda, na Alemanha, um cidadão foi condenado por negociar com um vizinho os serviços sexuais da própria esposa em troca de um engradado de cerveja por dia. Na África do Sul, em Queenstown, a polícia descobriu um elemento dirigindo um carro com níveis de álcool no sangue 32 vezes superiores aos permitidos – e a bordo do veículo, literalmente espremidos, iam sua companheira, cinco crianças e 15 ovelhas.

         Na Rússia, dois bêbados decidiram apostar suas orelhas em uma competição de queda-de-braço. Chegaram à conclusão de que houve empate, e assim cada um decidiu arrancar sua orelha esquerda a golpes de faca – o que realmente fizeram, tamanha a dimensão do porre.

         Na China, um certo Jiang Wu bebeu tanto, mas tanto, que ao voltar para casa dirigindo entrou em um porto e estacionou seu carro dentro de um “container”, que ele imaginou ser uma garagem. Desmaiou por lá mesmo, sem perceber que sua “garagem” foi levada de guindaste para um navio, e só acordou quando este já estava de saída para os EUA. Felizmente, tinha um celular no carro e conseguiu que a polícia o localizasse.

         O episódio seguinte também vem daquele país: um bêbado, até agora não se sabe como, entrou em uma subestação de energia elétrica e conseguiu acabar pendurado em um fio de alta-tensão, a inacreditáveis nove metros de altura! Os bombeiros tiveram que cortar toda a energia elétrica do local para salvá-lo – sim, incrivelmente ele sobreviveu.

         Na Índia, 165 pilotos de avião compareceram bêbados ao serviço nos últimos cinco anos. Na Alemanha, autoridades prenderam um comandante completamente embriagado – após ele ter pousado, acreditem, um imenso avião de passageiros proveniente de Paris.

         Na Áustria um jovem voltava para casa, completamente bêbado. Achou que tinha perdido as chaves de sua casa, e resolveu nela entrar pela janela da cozinha. Escorregou, caiu de cara na pia, e nela morreu afogado. Em tempo: a polícia encontrou as chaves da casa – no bolso dele.

         Em Viana, um município de Angola, organizaram um concurso para ver quem conseguia beber mais. O vencedor foi um jovem que ingeriu nada menos que 12 garrafas de uísque – para falecer em seguida, enquanto quatro outros competidores foram parar no hospital.

         Na Holanda, o governo decidiu utilizar dependentes de álcool na limpeza pública. Eles ganham, logo de manhã cedo, duas cervejas. Na hora do almoço, outras duas. No final do dia, são então contemplados com mais uma, além de um rolo de tabaco. Em Portugal, o Tribunal da Relação do Porto anulou uma demissão por embriaguez, sob o fundamento de que um trabalhador alcoolizado pode ser mais produtivo. E na Austrália estudantes pobres foram convidados a doar sangue em troca de bebida.

         A propósito, na Nova Zelândia constatou-se que o vinho já é mais barato que água engarrafada, e custa quase o mesmo que leite: um pacote deste sai por US$ 0,32, uma garrafa de água US$ 0,50 e uma de vinho US$ 0,49.

         E assim segue firme o álcool, responsável por 4% das mortes acontecidas neste planeta – em geral, ele é a terceira maior causa de doenças nos países desenvolvidos. Mata mais que a AIDS, tuberculose e violência juntas.

         Curiosamente, pouco se fala nesta pandemia! O tempo vai passando, entre uma morte e outra, digo, entre um gole e outro, e pouco se fala ou faz a respeito – a tratar do tema, praticamente isoladas, quase que apenas igrejas, associações ou entidades filantrópicas. Por que será?

Pedro Valls Feu Rosa
Pedro Valls Feu Rosa
Desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo desde 1994. Programador de computadores, autor de diversos “softwares” dedicados à área jurídica, cedidos gratuitamente a diversos Tribunais do Brasil. Articulista de diversos jornais com artigos publicados também em outros países, como Suíça, Rússia e Angola.

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