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O tempo perdido

Confesso, não sei onde o Brasil vai parar, diante da infernal engrenagem de um monstruoso sistema burocrático, montado para dar assento a grupos de desocupados ou supostamente contrários ao desenvolvimento econômico e social.

Para refrescar as ideias de retrógrados ambientalistas, cito um pequeno livro (Planeta Azul em Algemas Verdes) de autoria de Václav Klaus ex-presidente da República Tcheca, que nos ensina como foi montado o mecanismo dessa gente inconsequente que prega o “aquecimento global” e outras idiotices, após a queda do comunismo na Rússia.

A cidade em que moramos reflete a alma de sua sociedade. Assisto, meio estarrecido e perplexo a discussão entre a Prefeitura de Vitória e o Conselho Estadual de Cultura, para saber quem tem autoridade para mandar consertar o relógio da Praça Oito, antigo centro nevrálgico da capital, hoje atulhado de camelôs, que ninguém tira…

O relógio está parado há meses e, quando batia as horas, dava a introdução do Hino do Espírito Santo mas, como relegamos as coisas antigas a um estado lamentável de abandono, no instante em que a imprensa começou a falar sobre o relógio que está parado, surgiu a Prefeitura de Vitória para informar que pediu autorização para consertá-lo ao Conselho Estadual de Cultura, por ser o bem de valor histórico e tombado, e a autorização para o seu conserto tem que ser aprovada pelo colegiado estadual, mas a autorização não sai, está emperrada, como o relógio…

Admirem o tamanho do problema que se faz para consertar um simples relógio ali colocado como um enfeite, talvez ao tempo que relógio de pulso custava caro e, quando a cidade dormia, marcava as horas, como um campanário de cidade interiorana.

Vejam o tempo perdido. Quem quiser colocar à prova seus nervos, imagina fazer um investimento, construir um prédio de meia dúzia de andares, para tirar todas licenças para aprovação do projeto e sofrer na carne as mirabolantes investidas da multiplicidade de organismos públicos municipais, estaduais e federais para dar pitacus, mandar mudar o projeto elaborado pelo mais competente arquiteto, como se ele fosse um imbecil, um asno, um idiota, que tem que se sujeitar à decisão de um burocrata.

Todo mundo mete o bedelho para cagar regras no projeto. Em qualquer parte do mundo só  tem um organismo para aprovar projetos de arquitetura,  a Junta de Arquitetura. Nos Estados Unidos o empresário que desejar se instalar com uma fábrica, recebe o projeto de graça da municipalidade, licenciado. Aqui, um quiosque construído na Praia de Camburi a peso de ouro, o quiosqueiro não pode pagar o aluguel e o imóvel serve para abrigo de delinquentes. Não seria melhor deixar o relógio da Praça Oito parado?

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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