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O custo da delação

No país das novelas, dos descasos, do carnaval, do futebol, onde grassam seiscentas e muitas seitas das mais diversas qualidades, para arrancar o dinheiro do próximo analfabeto, não sei se dá, mais, para rir ou chorar, diante da impetuosidade com que age a classe política para fraudar os cofres públicos.

Tenho pleno convencimento de que é uma fração mínima de segmentos sociais que avança de forma desavergonhada sobre o Tesouro, dos recursos arrecadados em forma de impostos.

Custa crer que existam movimentos claros, abertos, direcionados para obstacular o trabalho do processo Lava-Jato. De impor restrições ao trabalho do juiz federal Sérgio Moro, a seus colaboradores procuradores e à Policia Federal que, diga-se de passagem, realiza um trabalho exemplar. Se vazam resultados de suas apurações, culpa não lhe cabe. Ninguém tem coragem de afirmar que foi dali que as delações saíram.

O que se vê, contudo, é processo, desconexos nas delações premiadas, como se as coisas fossem feitas aos pedaços, pelas metades, mal e porcamente iniciados e não acabados.

As conversas gravadas pelos delatores da JBS são de um primarismo revoltante e, depois, como desculpas, afirmam que “foi conversa de bêbados”, se esquecendo que, quem fala realmente verdade é o bêbado, que saiu do seu equilíbrio e, na busca de acha-lo, de mostrar que está com o domínio da razão, fala realmente tudo aquilo que o envolve e a terceiros. Sem tirar nem por, foi o que aconteceu com o delator Joesley Batista, da JBS e o executivo da empresa, Ricardo Saud.

Falantes, arrogantes, zombeteiros, escorregaram das delações premiadas para a pilheria com os poderes Judiciário, Político e Executivo, sobre honrabilidade e até procedimentos. De detonadores, saíram detonados, mas não se sabe até quando essa gente continuará brincando com a vida nacional, depois de usufruírem vastos recursos de facilitações de empréstimos via BNDES, num, atestado eloquente de que a política nacional é feita através de propinas.

Essa extraordinária maioria que se constitui no povo são, desta nação, que assiste a tudo isso meio pasma, incrédula, abestada, quem sabe, um dia possa vir a reagir à altura de suas forças, impondo um novo caminho, sem se deixar cair na conversa mole da classe política que é capaz de tudo, para não perder nada.

Lutamos por reformas políticas, da Justiça e até dos costumes sociais meio avacalhados diante da corrupção desenfreada. Quando acabará esse vergonhoso espetáculo?

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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