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O calor intenso do verão pode agravar doenças neurológicas

por Wéverton Campos – [email protected]

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2014/02/06/1_3doencasnoitegetty-56133.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'52f36fbd5e2d8', 'cd_midia':56127, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2014/02/06/3doencasnoitegetty-56127.jpg', 'ds_midia': 'calor_dor de cabeça', 'ds_midia_credi': ' Reprodução da web', 'ds_midia_titlo': 'calor_dor de cabeça', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '308', 'cd_midia_h': '464', 'align': 'Left'}O ano de 2014 começou marcado pelo forte calor que atinge todas as regiões capixabas. As temperaturas em janeiro foram aproximadamente 0,5°C acima da média normal para o mês em questão, de acordo com levantamento realizado pela equipe de meteorologia do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural).
Além de incomodar as pessoas na realização de suas tarefas do dia a dia, como trabalhar e estudar, o calorão também contribui para o agravamento de diversas doenças neurológicas como a enxaqueca, que atinge 75% das pessoas em todo o mundo, segundo pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde).
De acordo com o neurologista Jorge Luis Lessa Magalhães, pelo menos cinco males ligados ao sistema neurológico pioram com o forte calor. São eles: doenças desmielinizantes, miastenia gravis, neuropatias periféricas, enxaqueca e doenças circulatórias do tipo vasculites. Entretanto, outras reações também podem ocorrer em virtude da perda de água, sódio e potássio do organismo como, por exemplo, os desmaios.
“Os casos de pacientes que reclamam de sintomas agravados de doenças neurológicas têm aumentado nos locais onde realizo atendimentos. Elas mesmas notam que o motivo é o calor. Então preferem usar roupas leves, evitando-se jeans e roupas escuras. As pessoas realmente confirmam que se sentem pior no verão”, disse o especialista.
Os universitários Emmerson Barcelos, 22, e Ludmilla Freitas, 21, sentem na cabeça os efeitos adversos do forte calor. “Toda semana tem me dado crise de enxaqueca, principalmente quando pego sol muito forte. Há poucos dias me deu crise e mesmo tomando três remédios diferentes a dor só passou no dia seguinte”, disse Freitas, que nunca procurou ajuda médica para combater a enxaqueca.
Já Barcelos chegou a se consultar com um especialista. Mas pelo fato da doença não ter cura, só recebeu recomendações. “Geralmente já acordo com enxaqueca. Sofro com o problema desde pequeno, principalmente quando está muito calor. O médico chegou a me explicar uma vez que é porque com as altas temperaturas, os vasos se dilatam ainda mais, aumentando a dor”, contou.
Para evitar possíveis problemas, Magalhães recomenda evitar exposição direta aos raios do sol e procurar ambientes mais agradáveis, arejados e sem aglomeração de pessoas, evitando-se assim locais como ônibus, metrô e praia.
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Segundo o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o sistema de alta pressão que vem causando todo este calorão e a sensação de abafamento no Espírito Santo deve perder força nos próximos dias. “A tendência é que as nuvens aumentem e impeçam os raios ultravioletas de atingirem diretamente a superfície terrestre. Então, lentamente a temperatura irá diminuir e em algumas regiões deve haver chuva localizada e passageira”, disse de Melo.
O diretor-presidente do Incaper também deu uma sentença de esperança para todos aqueles que vêm sofrendo com o forte calor dos últimos dias. “As temperaturas de fevereiro devem ser mais amenas que as registradas em janeiro”, finalizou.
Saiba o que são as doenças e quais os sintomas que são agravados com o forte calor da estação
Doenças desmielinizantes–enfermidades do sistema nervoso, como a esclerose múltipla, que prejudicam a condução de sinais nos nervos afetados, causando prejuízos na sensação, movimento, cognição, entre outras funções. No calor, a fadiga e o mal-estar tendem a ficarem mais agudos.
Enxaqueca – doença crônica causada pela vasodilatação de artérias e veias cranianas que gera dor, náusea, vertigem, entre outros sintomas. Com o calorão, a dilatação vascular é aumentada e a dor pode se tornar mais intensa.
Miastenia gravis – doença autoimune que provoca a fadiga dos músculos (fraqueza muscular). Quem tem esse problema sofre com as altas temperaturas, pois as sensações de fraqueza e cansaço aumentam consideravelmente.
Neuropatias periféricas – danosna rede de nervos que transmite informações do encéfalo e medula para o restante do corpo. Existem mais de 100 tipos de neuropatias periféricas identificadas em todo o mundo, como as polineuropatias alcoólica e diabética. Nos dias quentes, as pessoas que sofrem com esses danos podem ter dor, queimação, ardência e formigamento aumentados.
Doenças circulatórias do tipo vasculites – desordens que se caracterizam pela destruição inflamatória dos vasos sanguíneos, como artérias e veias. Nesse grupo estão: periarterite nodosa, eritrema nodoso, doença do soro, arterite temporal e doença de Buerger. No calor, a desidratação do corpo é acelerada e provoca o aumento da viscosidade sanguínea que, por sua vez, irá dificultar a microcirculação nas áreas afetadas por essas doenças, agravando sintomas como dor e febre.

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