O mundo assiste a um dos espetáculos de corrupção mais indecente, mais degradante da história da humanidade, do acumpliciamento de todas classes dirigentes de um país, para pilhar os cofres públicos, quer seja metendo as mãos sujas neles (nos cofres), em bancos públicos, estatais as mais diversas, quer através de aumentos ou concessões de benesses através de decisões judiciais indecentes, para o privilégio de grupos que se consideram acima das leis e de tudo mais. Ninguém pode reclamar dos que se julgam acima das leis, porque, invariavelmente, vai preso. Os reconhecidamente corruptos, que entram algemados pelas portas da frente das penitenciárias, saem logo depois, pelos fundos, com tornozeleiras eletrônicas (ou não) para as “prisões” domiciliares (ou não), para continuar pilhando o estado.
Tudo o que estamos assistindo no Brasil faz parte da impressionante fertilidade da corrupta mente humana, aliada a um sistema democrático imoral, sob a égide de uma Constituição inconsequente, imbecil, consagrando privilégios indecentes e o da impunidade.
Só no Brasil, republiquetas latinoamericanas (tirando o Chile fora), nos cafundós africanos, pode- se eleger espécimes raros como Sarney, Lula, Dilma e um Temer de quebra… Vejam que, num universo dividido entre Executivo, Legislativo e Judiciário, até mesmo em meios empresariais os mais importantes, não encontramos, por mais esforço que façamos, alguém em que possamos confiar os destinos da nação. Compomos uma nação desprovida de líderes. Diziam alguns artistas desses espetáculos bufos, imorais, que o Movimento Militar de 1964 “castrou” a formação de novos líderes políticos… e deixou florescer uma corja de ladrões, oriunda das “massas” heterogêneas escafedidas do poder, que se reagruparam para tomá-lo e transformar o país, através de uma Constituição inconsequente, nesse rebotalho que aí está.
Hoje, a luta de um outro lado do poder, tão corrupto com o que está nele, quer tirar o Temer de qualquer maneira. Pergunto eu: para colocar quem? O negócio não é tirar o Temer, é saber quem vai para o lugar dele. Toda classe política brasileira está viciada, acumpliciada num processo que ninguém sabe como e quando terminará. Nem a nossa chamada de Suprema Corte, nem lá, no que poderia ser um dos mais seletos colegiados jurídicos do mundo, seus pares não se entendem, cada qual pendendo para um lado, sem um destino que se possa chamar de correto, afora o estrelismo inconsequente.
Interessante. No Brasil, televisão, que deveria ser um excelente instrumento subliminar de educação, nos mostra antros de ladrões se digladiando em arenas públicas, numa interminável novela chamada de Lava-Jato, que também não se sabe onde ira chegar. Parece que não tem The End!