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Neucimar Fraga conta caminhos do PSD para condições de candidaturas

Chamado de “traidores”, o PSD capixaba fez um longo caminho e passou por quase todos os nomes de candidatos ao Governo do Estado. O presidente da sigla contou a ESHOJE que as reviravoltas do processo de construção de alianças e coligações os levou a repensar as próprias metas.

Segundo Neucimar Fraga o foco do partido é eleger dois deputados federais e até três deputados estaduais. O presidente garante que em momento algum traiu a senadora e candidata a governadora, Rose de Freitas (Podemos), e que se Casagrande quiser, o partido estará de mãos dadas com ele em busca de votos.

ESHOJE: Como foi liderar um partido diante dos arranjos para ter condições de eleger deputados federais e estaduais?
Neucimar Fraga: O PSD tem um projeto no estado do Espírito Santo, participando do projeto majoritário, concorrendo com a possibilidade de eleger um vice-governador ou suplente de senador, além de deputados federais e estudais. Com as reviravoltas que tivemos no processo eleitoral do Estado, deixamos de lado o majoritário e optamos em reforçar a participação no proporcional, elegendo dois deputados federais e até três estaduais. No final dos debates para construir as alianças, conseguimos nos fixar em uma aliança que nos dão ambiente confortável para construí esse projeto.

Podemos

O PSD começou defendendo a reeleição do governador Paulo Hartung, depois o nome de Arildemo Teixeira para a sucessão, assinaram apoio à Rose de Freitas, mas fecharam com a candidatura de Renato Casagrande. Que caminho foi esse?
O compromisso politico das eleições 2018 era com o governador Paulo Hartung, mas ele desistiu e tínhamos outras opções, dentro do Palácio Anchieta. Eram Amaro Neto, Ricardo Ferraço e Cesar Colnago. O PSD foi até o final com eles, mas eles desistiram. Antes de dar um passo seguinte, conversamos com interlocutores do Palácio qual a opção e todos entendiam que a melhor opção era caminhar com Rose de Freitas. Fizemos todos os esforços necessários para que o PSD apoiasse chegando ao ponto de lançar Zé Carlinho – José Carlos da Fonseca Filho – de candidato ao Senado para deputado federal para manter a unidade com o grupo. Mesmo assim, na hora de discutir as proporcionais o partido da senadora, Podemos, vetou uma aliança com o PSD para estadual, sugerindo que ficássemos sozinhos ou coligasse com o MDB. Eu fiz a defesa de que era impossível a coligação MDB-PSD e que sozinho não poderíamos ficar. Insisti numa aliança com o Podemos, até as últimas horas do fechamento das coligações, mas o presidente do partido – Gilson Daniel – se mostrou intransigente em fazer esta aliança, apesar do apelo da própria candidata, e não restou outra alternativa senão procurar uma coligação onde fosse possível fazer uma disputa para federal e estadual. Tudo isso foi feito com o conhecimento da Rose de Freitas e demais partidos, tanto que não foi só o PSD que deixou o grupo. O PRB, PROS, PRP saíram e fomos os últimos. Não houve traição, pois quando surgiu possibilidade de aliança com partidos do outro campo, comunicamos a senadora na mesma hora.

neucimar_podemosNa base de Casagrande há 18 partidos, completamente diferentes ideologicamente. Está cada vez mais claro que esta união é por interesse…
No caso do PSD, não estamos quebrando paradigma algum em coligar com o PSB. Eu, inclusive, fui candidato ao Senado, em 2014, ao lado de Casagrande. Mas eu precisei pensar na melhor opção para eleger nossos quadros. E, nesse caso, foi com um grupo de partidos em torno da candidatura de Renato Casagrande.

Como será fazer uma campanha em 45 dias?
Acho que poderia ser em ainda menos tempo. Trinta dias seria o suficiente, pois teria menos custo, menos desgaste e facilitaria o nosso trabalho pelo Espírito Santo, que é um estado pequeno.

Qual será o custo disso?
O partido está contando com 100% de possibilidade de financiamento via fundo eleitoral. Não estamos com muita expectativa de arrecadação através de “vaquinhas eletrônicas” e doação de pessoa física. Na minha campanha para deputado federal não vou fazer vaquinha, mas uma campanha empreendedora, com recursos caseiros, sola de sapato, saliva e suor.

O senhor, que foi prefeito de Vila Velha, acredita que os eleitores da cidade o elegem?
Eu já disputei três eleições em nível regional. Em 2002 foi para deputado federal, quando eu tive 14 mil votos em VV e 25 mil fotos no resto do Estado. Em 2006, na minha reeleição, tive 18,5 mil votos na cidade e mais 54 mil fora, já em 2014, para o Senado, tive 98 mil em Vila Velha e 430 mil fora da cidade. Espero, nesta eleição, ampliar a votação dentro da cidade e alcançar em média de 50 mil votos, mas alcançar, pelo menos 60 mil votos no resto do ES como aconteceu em 2006.

O seu partido se achegou ao grupo de Casagrande por necessidade. Vocês farão campanha para ele?
Nós entramos no projeto Casagrande, e somos leais e parceiros. Estamos prontos para ajudar o Renato Casagrande. Se tiver, por parte dele, o mesmo interesse, não teremos dificuldade alguma de caminhar de mãos dadas.

Qual será a bandeira de seu mandato, caso seja eleito?
Meu mandato será focado no desenvolvimento em políticas para desburocratizar, simplificar e reduzir carga tributária no Brasil; viabilizar projetos estruturantes no Espírito Santo; gerar empregos e renda; celeridade na duplicação das BRs 101 e 262, implantação da ferrovia litorânea, implantação do porto central no sul capixaba. Vamos atuar também na ampliação das redes de educação profissionalizante do Ifes onde ainda não tem no estado e vamos atuar firme na modernização da legislação para fazer o enfrentamento à violência do Brasil.

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