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‘Não tem que ter medo, vamos ver o que virá’, diz Ney Matogrosso

O quarto dia de São Paulo Fashion Week trouxe uma presença ilustre, a do cantor Ney Matogrosso, ao espaço Arca, na VIla Leopoldina. Sentado na fila B (“daqui vejo mais assim, do alto, não faço questão de fila A”), ele assistiu ao desfile de Lino Villaventura, estilista que assina os figurinos do show que estreia em janeiro no Rio. Ali, conversou com o Estado.

Você tem uma relação forte com imagem, mas não exatamente com moda…

Nunca pensei em moda, embora eu sempre receba feedback de muita gente de que me considera como uma coisa de moda… Hoje em dia tudo bem, eu até concordo, mas antigamente, quando falavam isso eu pensava “Como assim, moda???” Não tinha essa preocupação. Era uma preocupação de figurino para palco.

O Lino vai assinar o figurino do seu próximo show. Contar um pouco dele?

Vai ser leve. Não é uma fantasia, mas tem que ter impacto. Não é um espetáculo em que eu vou dançar como em outros. Embora o show tenha um som todo eletrificado, com guitarra, com baixo, vou estar cantando um repertório variado de música brasileira.

É intimista a vibe desse novo espetáculo?

Não! Nada intimista! No show Atento aos Sinais eu tinha uma intenção clara de comentar o momento. Neste não estou preocupado com isso. Estou cantando umas músicas que pode ser, dependendo do andar da carruagem, até proíbam. Mas tudo passa. O que é bom passa e o que é ruim passa também.

O que espera dessas eleições?

Não sei o que esperar porque os discursos estão mudando. Eles eram muito mais radicais, de ambos os lados. Espero que as pessoas entendam que é um caminho do meio, né? Nem uma ponta nem a outra. E se querem ordem, tem que respeitar um pouco. Senão, não teremos ordem. Teremos desordem.

Você viveu ditadura, censura, seu pai era militar… Enxerga semelhanças entre o que o País já passou e hoje?

Não. Ainda não vejo semelhanças.

Mas existe esse medo…

Acho que as pessoas estão se submetendo a um medo antecipado. Não tem que ter medo, vamos ver o que virá. Vamos viver o que virá, enfrentar o que virá e passaremos por isso. Eu penso dessa maneira. A gente quer tudo muito imediato, mas se você tem um distanciamento, você sabe que tudo é transitório. A vida é transitória. Nós, daqui a pouquinho, uma hora a gente vai embora. Quantas grandes civilizações já passaram por aqui e não existem mais? Nada é definitivo.

Sergio Amaral, especial Para o Estado
Estadao Conteudo
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