Quem já tentou parar de fumar, sabe que não é fácil. Falar isso é clichê. Os fumantes acreditam que largar o tabaco pode diminuir sua satisfação com a vida, podendo acabar com rotinas, interferir nos relacionamentos e levar a uma perda de prazer relacionada ao tabagismo. Porém, é exatamente o contrário que acontece. Quem deixa de fumar aumenta sua qualidade de vida no geral, principalmente na saúde e bem-estar.
Após decidir parar de fumar, logo nas primeiras horas, inúmeros benefícios já aparecem, mesmo que não sentidos. A pressão sanguínea e as batidas cardíacas voltam ao seu ritmo normal. No decorrer dos dias percebe-se o aumento de energia física e de agilidade para atividades comuns. Parar de fumar melhora a pele, diminui o ritmo do envelhecimento, aumenta a qualidade de recuperação de qualquer cirurgia, graças a melhora da circulação sanguínea e oxigenação dos tecidos.
Troque o cigarro por exercícios físicos – A Médica de Família e Comunidade e cooperada da Unimed Vitória, Paula Athayde, explica que a sensação de bem-estar que os fumantes sentem é uma sensação a curto prazo, a longo prazo, o tabagismo traz a piora da qualidade de vida, devido as doenças que pode trazer. “Após largar o tabaco, o ex-fumante pode sentir o bem-estar no dia a dia fazendo atividades físicas, assim há a liberação de hormônios que dão essa sensação que o tabaco proporciona”, explica a especialista.
A abstinência do tabaco é o maior desafio para as pessoas que estão largando o cigarro. Os sintomas começam com alterações de humor, raiva, ansiedade e apatia. Além disso, as mulheres possuem a preocupação de que podem engordar após largar o tabagismo. A profissional explica que pode haver sim um ganho de peso devido a ansiedade, mas que pode ser corrigido com alimentação saudável e exercícios físicos. “A causa do aumento de peso é a ansiedade. Muito usam a comida como forma de se tranquilizar, logo acabam aumentando o peso”, explica.
Apoio – O apoio psicológico é fundamental. A ansiedade faz parte da rotina de quem decide parar de fumar e é preciso ficar atento para que isso não se torne uma doença mais séria. A psicóloga do Viver Bem, Programa de Atenção à Saúde da Unimed Vitória, Naira Delboni, conta que além do acompanhamento psicológico, o apoio da família é muito importante. “É preciso buscar ajuda de grupos de apoio, médico e psicológico, pois sabe-se que o sucesso depende não só de baixar a ansiedade ou desfazer o vício químico, mas de desativar os gatilhos que levam a acender cigarros”, explicou a psicóloga.