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Município de Vitória registra oito casos de feminicídio este ano

Redação Multimídia ESHOJE

A cidade de Vitória registrou, desde janeiro deste ano, a agosto, oito casos de homicídios contra mulheres. Os feminicídios foram divulgados nesta quinta-feira (12) junto com os dados de 2013, 2014 e 2015 obtidos por meio do cruzamento de informações do sistema Datasus e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
De acordo com a prefeitura da capital capixaba, os casos têm reduzido ano a ano. Em 2013, foram 15 homicídios e, no ano seguinte, o número caiu para 12. Até agosto de 2015, ocorreram oito. A decisão de fazer o cruzamento de dados e divulgar a taxa de homicídios foi tomada na reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) desta quarta feira (11), após o estudo dos números de violência contra a mulher em Vitória divulgados pelo Mapa da Violência 2015.
Os índices mostrados pela pesquisa representam apenas as informações do sistema Datasus, que coleta nos hospitais os dados de óbitos decorrentes de homicídios, independentemente de onde ocorreu a violência contra a mulher. Dessa forma, a pesquisa contabiliza mulheres que podem ter sido vítimas em todo o Estado, mas que foram encaminhadas aos hospitais de Vitória e vieram a óbito no caminho ou durante o atendimento médico.
Contagem de homicídios
De acordo com o coordenador do sistema de informações sobre mortalidade da Prefeitura, o médico e tenente-coronel da Polícia Militar Jorge Luiz Potratz, o dado mais próximo da realidade é alcançado quando se faz o cruzamento de dados das informações disponíveis do sistema Datasus com aqueles coletados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
“Recebemos relatórios do sistema de Saúde todas as semanas. Após incluirmos esses dados no sistema, é possível investigar algumas informações e fazer cruzamentos com os dados do Ciodes. Podemos ver, por exemplo, que determinado corpo que foi recolhido no hospital de Vitória pertence a uma vítima que sofreu violência em outro lugar”, explicou o médico.
“O nosso Comitê de Investigação de Mortalidade Materno-Infantil está fazendo um diagnóstico das causas dessas mortes, podendo intervir a fim de evitá-las. Com os dados poderemos ter ainda projetos de intervenção para diminuir ou até mesmo acabar com determinadas causas de mortes de mulheres. Os mesmos dados servirão para monitorar e avaliar a qualidade dos nossos serviços”, disse a secretária municipal de Saúde, Daysi Koehler Behning.

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