Em 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, uma data instituída pela ONU para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas a saúde também não pode ser esquecida. Hoje, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de mulheres no Brasil e no mundo. Apesar disso, ainda existe uma grande disparidade entre os sexos na hora de prevenir, diagnosticar e tratar essas doenças.
Dados do Ministério da Saúde apontam que por ano mais de 150 mil brasileiras morrem vítimas de doenças cardiovasculares. Entre elas, as principais são o AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, e o infarto.
A incidência de eventos cardiovasculares na mulher tem aumentado com o passar dos anos, consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida moderno. “A mulher geralmente acumula vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado a expõe a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação”, diz a Dra. Magaly. “Outra combinação perigosa, mas comum, é o cigarro e a pílula anticoncepcional, a dupla triplica os riscos cardiovasculares.”
Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar. A falta de atividade física e a dieta inadequada levam ao sobrepeso e à obesidade, que também aumentam o risco cardiovascular. Aliás, a obesidade é um dos fatores de risco mais preocupantes, já que o número de mulheres obesas no Brasil cresceu 64% em 10 anos.
“As mulheres geralmente assumem a função de gerenciar a saúde do marido e dos filhos. No cuidado com a própria saúde, costumam frequentar o médico ginecologista, mas poucas procuram um cardiologista”, ressalta.