Terceira a desfilar no Sambão do Povo, em Vitória, na madrugada deste domingo (16), a Mocidade Unida da Glória (MUG) entrou na avenida cerca de cinco minutos após dada a largada, por volta das 00h36.
Por conta disso, o atraso pôde ser sentido quando a escola saiu da avenida, cerca de quatro minutos além do tempo máximo estipulado, que é de 62 minutos.
A agremiação que já foi sete vezes campeã no Sambão do Povo, trouxe no enredo “Oby – O Imaculado Santuário das Lendas”, a história não contada de quando o Espírito Santo servia como uma barreira verde para proteger as riquezas de Minas Gerais.
Enquanto o solo Espírito-Santense permanecia intocado, no interior das matas a riqueza da cultura capixaba crescia com as lendas indígenas que fazem parte da nossa história.
O resgate da cultura capixaba através das lendas, foi representado pela agremiação muguiana, que buscou desmistificar do canibalismo, que os portugueses usavam para representar o índio como criaturas violentas. Musa há três anos da escola, Geovana Garcia atravessou a avenida como a anfitriã de um banquete, no setor em que é abordado o canibalismo, dentro do enredo. “A minha fantasia é a de índia anfitriã do banquete, já no início do primeiro setor. A gente trouxe isso do canibalismo, com a maquiagem um pouco mais pesada e mais feminina. É sempre uma emoção desfilar”.
Com mais uma composição de Dudu Nobre e Diego Nicolau, o samba enredo da MUG ecoou a cultura capixaba pelo Sambão do Povo. O intérprete oficial, Thiago Brito, foi quem avisou à comunidade e ao público da vermelha e branca da Glória a chegada do leão.
Contratempo
Para quem viu uma festa linda na avenida, no pouco mais de uma hora de desfile, não imagina o contratempo que a escola enfrentou por conta das fantasias de alguns setores. Segundo o carnavalesco da MUG Osvaldo Garcia, um confronto no bairro onde está localizado um dos ateliês, na Serra, atrasou as entregas.
“Eu tenho um atelie que fica em Planalto Serrano, na Serra, e hoje mais cedo, por volta das 11h, estava tendo tendo um confronto interno no bairro e eles travaram as fantasias. Só que, tudo foi resolvido antes do desfile começar. Estava tudo certo”, contou o carnavalesco.