Thiago Sobrinho – [email protected]
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, suspendeu nesta segunda-feira (5) a obrigatoriedade do extintor de incêndio tipo “ABC”. Apesar de o extintor ter passado a ser obrigatório desde o dia 1º de janeiro em todos os carros fabricados no Brasil, a decisão do ministro vale por 90 dias.
Durante a semana, a procura por esse tipo de extintor foi grande nas lojas de autopeças e postos combustíveis da Grande Vitória. Com a procura, os produtos também desapareceram das prateleiras e a situação foi confirmada pela reportagem do ESHOJE. “Está mais fácil achar nota de R$ 50 do que encontrar o extintor”, brincou o frentista Ledivildo Monteiro de Souza.
Mesmo com o anúncio do Ministério das Cidades, os motoristas que estiverem circulando com extintores inadequados poderão ser multados. “Ele (o motorista) pode ser multado. Até agora o que houve foi um anúncio do ministro, não foi publicado ou deliberado nada. Ele ainda tem de editar uma resolução suspendendo a 333 do Contran”, afirmou o capitão Fábio Volpato, do Batalhão de Trânsito da Grande Vitória.
Apesar do risco de multa, os motoristas que ainda estão em situação irregular devem ficar despreocupados. “Caso essa resolução venha a ser publicada, o motorista poderá recorrer e ser isentado”, disse o capitão Volpato.
No caso, o motorista que estiver conduzindo um carro que não tiver o extintor pode ser multado em R$ 127,69 e perder cinco pontos na carteira de habilitação.
O uso do extintor “ABC” está em resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Desde 2005, os carros novos produzidos no Brasil saem de fábrica com o extintor adequado.
O novo extintor tem prazo de validade de cinco anos. Ao contrário dos extintores “BC”, que são válidos por apenas um ano e por isso precisam ser recarregados anualmente. O equipamento custa entre R$ 60 e R$ 100.
