O corpo da filha dos pastores George Alves e Juliana Salles, morta há dois anos, quando tinha apenas três meses de idade, deverá ser exumado. Informações, obtidas com exclusividade por ESHOJE, dão conta de que o pedido já foi feito pela Polícia Civil, e corre em segredo de Justiça.
Na época da morte, o caso foi tratado como complicações por problemas de saúde, sem investigação. No entanto, como a polícia trabalha com a hipótese de homicídio, no caso da morte dos irmãos Kauã e Joaquim, mortos em um incêndio no mês passado, o caso da bebê também deverá ser apurado.
Morte de irmãos completa um mês
A morte dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6 anos, completa um mês nesta segunda-feira (21). Os corpos das crianças foram encontrados carbonizados, dentro de um quarto da residência onde moravam, em Linhares.
Na ocasião, o pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, mais conhecido como George, era o único que estava em casa com os irmãos. George era pai de Joaquim e padrasto de Kauã.
Segundo contou a um amigo da família, George disse que acordou com o choro pela babá eletrônica e percebeu que o quarto dos meninos estava em chamas. No mesmo momento, ele afirma que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando também os pés e foi empurrado para fora pela força do fogo.
As mortes de Kauã e Joaquim não foram as primeiras perdas do casal. Há cerca de dois anos o George e Juliana também perderam uma filha quando tinha apenas três meses por problemas de saúde.
No dia 28 de abril, o pastor George foi preso em hotel do município, e encaminhado ao presídio de Viana.
Após o incêndio, os corpos dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal de Vitória, de onde só saíram no dia 10 de maio, após realização de exames de DNA.
Pastor investigado por homicídio
Na última quinta-feira (17), a Polícia Civil confirmou que o pastor George investigado por homicídio. Por meio da Delegacia de Infrações Penais e Outros (Dipo) e da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares foi solicitada ao Ministério Público, a prorrogação da prisão temporária, de mais 30 dias.
A Polícia Civil chegou a informar que mais informações sobre o caso deveriam ser passadas por meio de coletiva de imprensa, na última sexta-feira (18), na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública. No entanto, logo após o aviso, a coletiva foi cancelada. Mesmo assim, a força-tarefa que investiga o caso esteve reunida na Sesp, na sexta-feira (18). No entanto, não foram divulgados detalhes do encontro.
O corpo da menina, deve mesmo ser exumado e períciado porque ela pode ter sido vítima desse casal louco e perverso.