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Moradores da Piedade estão entre os ocupantes de prédio no Centro de Vitória

Ocupação São Vicente4Os moradores da Piedade que abandonaram suas casas estão entre os novos moradores do antigo colégio São Vicente, na Rua Dr. José Benjamin Costa, no Centro de Vitória. O prédio foi ocupado na noite do último domingo (24).

Segundo um dos organizadores da Ocupação Família Sem Direitos Constitucionais, Anderson Soares Santos, pelos menos três famílias da Piedade o procuraram. A maioria dos outros integrantes são pessoas que estavam no antigo Hotel Majestik. A justiça determinou que até às 18h desta segunda-feira (25) eles precisam deixar o local.

Ainda de acordo com Anderson, sem ter para onde ir, as famílias decidiram ocupar o antigo colégio São Vicente na noite do último domingo (24). O prédio seria da Prefeitura de Vitória.

“Eu estou em outra ocupação, na frente do Colégio Nacional, mas faz parte do Majestik. Agora temos a organização das famílias sem teto e direitos constitucionais. Outras pessoas da Piedade nos procuraram e estamos aqui para acolher”, explicou. Ainda segundo ele, mais de 30 pessoas, ao todo, estão no antigo São Vicente. O objetivo é chamar a atenção do Governo para o grave problema que é o direito a moradia. “Caso fiquem sem moradia, o espaço está aberto para que venham para cá”.

Anderson relatou que tem um projeto social na Piedade, que já atendeu cerca de 130 crianças. Ex-detento que ficou preso por 11 anos, ele afirmou saber qual a realidade de quem vive em situação de risco social.

“Queremos mostrar ao Governo que todas as pessoas no sistema por falta de oportunidade. Se eu saio, não tenho como arrumar um emprego. Não tem reintegração social. O sistema faz tudo para que voltemos para lá”, afirmou.

A desempregada Daiane Vieira Nascimento também estava no Majestik. Mãe de quatro filhos entre 1 e 10 anos, que estão com parentes, ela afirmou ter ficado com medo da reação da polícia, que foi autorizada pela justiça a usar da força, caso as famílias não saiam. “Eles não resolveram se dariam aluguel social ou nos encaminhariam pra outro espaço. Para nas ficarmos na rua, estamos aqui. Não tenho emprego, nem meu marido. Não temos como pagar aluguel”.

Maria Luzia de Oliveira saiu do antigo Majestik com marido, filha, genro e dois netos e também está na nova ocupação. Ela conta que eles moravam no Santa Cecilia, também ocupado. “Como eles deram a ordem de despejo, viemos para cá. Estamos todas desempregados. Estamos aqui vendo o que vamos fazer”, contou.

Por nota, a prefeitura informou que está acompanhando o caso das famílias por meio da Secretaria de Assistência Social e que o projeto arquitetônico de restauro da antiga Escola São Vicente de Paulo está em desenvolvimento e captação de recursos. “A proposta é que o prédio seja um anexo da Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música (Fafi)”.

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