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Monitoramento aponta aumento de incidência de zika, dengue e chikungunya no ES

acao_contra_dengue_agentes_de_combate_leonardo_sa__21_-156033A incidência acumulada de arboviroses (zika, dengue e chikungunya) no Espírito Santo passou de 184,34, ano passado,para 226,94 este ano (a incidência acumulada é calculada por mil habitantes). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (18), um ano e meio após a implantação do Sistema de Monitoramento Inteligente do Aedes (MI Aedes). A apresentação foi realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em seminário de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Os 78 municípios do Espírito Santo já contam com as armadilhas que capturam o mosquito Aedes aegypti e monitoram o vírus da dengue, zika ou chikungunya.

O chefe da Vigilância Ambiental da Sesa, Roberto Laperriere Jr., reconhece que o estado capixaba é que na região Sudeste tem a maior incidência de dengue. Mas destaca as ações de combate. “Quando a gente observa aqueles boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgando que o Espírito Santo é o Estado da região Sudeste com maior incidência de dengue, pode até ser, mas quando a gente leva em consideração as arboviroses como um todo, nós não somos a maior incidência da região Sudeste, quiçá do Brasil. O Ceará, por exemplo, teve em 2017 uma incidência de 1.992 (por mil habitantes), muito além da incidência do Estado do Espírito Santo. Não estamos entre as maiores incidências do País nem em 2017 nem em 2018.”

A gerente de Vigilância em Saúde, Gilsa Rodrigues, ressaltou que a reintrodução do sorotipo 2, que causa maior gravidade nos casos de dengue, estava sem registros há nove anos. “Quando olhamos a gravidade dos casos neste ano, vemos que teve menos óbitos do que no ano passado (observando o ano inteiro), apesar de termos uma incidência de dengue maior que no ano passado. Mas a gente está atribuindo esse aumento à reintrodução do sorotipo 2, que pegou parte da população que estava suscetível. Mas apesar da reintrodução do sorotipo 2 nós não tivemos surtos ou epidemias”, explicou.

A infectologista e epidemiologista da Gerência de Vigilância em Saúde (Gevs), Theresa Cristina Cardoso da Silva, alertou para uma situação que, até então, nunca havia acontecido: pacientes que tiveram dengue e chikungunya ao mesmo tempo. “Vale ressaltar que nosso Estado é pequeno, litorâneo e de alta densidade populacional, e isso faz com que o vírus circule bem”, disse.

Em todo o Estado são mais de 7 mil armadilhas de captura para monitoramento do Aedes aegypti instaladas em locais com maior concentração de pessoas, como igrejas, unidades de saúde, hospitais, rodoviárias, escolas, entre outros. O Espírito Santo é o primeiro Estado brasileiro a implantar esse tipo de sistema em todos os municípios, e o investimento do Governo do Estado para a implantação dos equipamentos foi de R$ 3,2 milhões. A responsabilidade pela instalação é dos municípios.

O sistema funciona da seguinte forma: os mosquitos capturados nessas armadilhas são recolhidos e enviados para análise, que permitirá saber qual o vírus está presente nele. Os resultados dessas análises são informados no sistema, o que permite a visualização, em mapas, dos locais com maior infestação do mosquito, permitindo ações de intervenção imediatas.

Verão
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, destacou que a implantação do MI Aedes acelera a circulação da informação sobre a situação das regiões e permite que o município realize um bloqueio imediatamente, impedindo que a infestação pelo mosquito prejudique a população.

Oliveira ressaltou ainda que no verão, que começa na próxima sexta-feira (21), neste ano, apesar de o Estado estar com um dos níveis mais baixos de infestação do mosquito e isso ser uma boa notícia, é preciso manter esse controle. “A população precisa entender que mais de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Por isso, uma vez por semana, é preciso tirar 10 minutinhos para limpar tudo, verificar se tem água empoçada em algum lugar. Não podemos baixar a guarda para manter esse nível baixo que nós temos de infestação”, frisou o secretário.

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