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Militares voltam a atuar nas ruas sob efeito de medicamentos

Redação Multimídia ESHOJE com Thaís Rossi

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“Ontem (domingo, 12) conversei com um militar que recebeu benzodiazepínico (remédio sedativo), e precisou trabalhar na rua. Agora de manhã ele foi até lá para ser atendido por um psiquiatra. Essa é a realidade dos policiais que a sociedade está vendo na rua. É essa a sensação de segurança que o governo quer passar? Infelizmente eles estão na rua a mercê de um ditador, que não está muito preocupado com as condições físicas e com a vida deles. Mas nos, familiares, sim. Queremos que esse impasse seja resolvido. De preferência hoje”, informou.
Participando do movimento que impede a saída dos batalhões desde o dia 3 de fevereiro, ela afirma que não há médicos especializados e leitos para os atendimentos. Alguns profissionais se voluntariaram ao longo do dia para atende-los e medica-los. Há PMs que foram liberados, outros continuaram internados sob efeito de medicação e houve quem voltasse para passar por um médico psiquiatra.
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“Eles estão sendo obrigados a voltar às ruas não só pelo governo e comando geral, mas também pela força bruta do Exército. Tenho um amigo que não come, bebe e dorme há oito dias, com crise de hipertensão. Passa a noite chorando junto com a esposa. Centenas deles vão pedir licença médica”.
Ainda segundo ele, desde o início do movimento, o HPM já realizava esses atendimentos, enviados diretamente de um hospital particular. Mas no fim de semana aconteceram surtos em massa. Foi preciso uma junta médica da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em grande escala para auxiliar nos atendimentos, que está proibida de repassar informações.
“Outros PMs, em forma de apoio, faziam rondas em carros particulares ou a pé próximo a suas localidades, temendo pelos familiares. Eles pedem logo o fim do protesto, pois estão surtando de maneira generalizada”.
De acordo com um policial militar, que também não quer ser identificado, entre 10h e 22h do último domingo (12), mais de 30 militares deram entrada na ala psiquiátrica do HPM alegando pressão psicológica. “Chamaram gente de fora pra ajudar, como enfermeiros. Há relatos de pressão psicológica dentro da viatura. Nem todos aguentam. E a pressão vem de cima para baixo. É a hierarquia da Polícia Militar”.
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A reportagem de ESHOJE esteve no Hospital da Policia Militar, em Vitória, mas eles não quiseram gravar entrevista. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (SESP) informou que não comentará o assunto. A Polícia Militar do Espírito Santo não respondeu até o fechamento da matéria.

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