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Mesmo sob ameaça de prisão, médicos legistas vão entrar em greve neste sábado (22)

Leone Oliveira – [email protected]

“Estamos dispostos a ir todos presos”, a afirmação em tom de desabafo é do presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), Dr. Otto Baptista. Cansados das negociações com o Governo que não resultam em benefícios para a categoria e de esperar por melhores condições de salário e trabalho, os médicos legistas capixabas decidiram paralisar as atividades a partir das 19 horas, deste sábado (22). Os profissionais vão se reunir em frente ao Departamento Médico Legal (DML), em Vitória.
Na última sexta-feira (14), os médicos legistas anunciaram greve a partir da manhã de domingo (16), no entanto, a Justiça decretou a ilegalidade do movimento e ameaçou de prisão os profissionais que descumprissem a decisão. “O governador e seu secretariado não querem negociar e ameaçaram os médicos de prisão. Na história dos movimentos grevistas, no Espírito Santo, esse tipo de ameaça nunca aconteceu. É um abuso de poder em cima de um Estado democrático”, desabafou o presidente do Simes.
Por conta da ameaça, os médicos não voltaram atrás e não paralisaram as atividades no DML. Uma nova reunião foi realizada com a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), na última segunda-feira (17), porém nada foi acordado entre sindicato e Governo.
Agora, mesmo sob a ameaça de prisão, os legistas vão cruzar os braços a partir deste sábado (22). “Já mandamos trazer um ônibus da Polícia Militar para levar todo mundo preso”, ironizou Baptista.
A paralisação começa às 19h e será por tempo indeterminado. Neste período, alguns dos serviços que serão afetados são os exames de necropsia, corpo de delito, lei seca e avaliações para beneficiamento do seguro DPVAT. Por mês, são emitidos cerca de 3 mil laudos e realizadas 300 necropsias. A categoria reivindica o aumento no número de profissionais. Atualmente, o Estado dispõe de 35 médicos legistas, quando o número ideal é 78. “São 12 médicos legistas para atender as regiões da Grande Vitória e Serrana”, revelou o presidente do Simes.
Outro pleito da categoria é a equiparação salarial com a dos médicos ligados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O valor inicial recebido pelos legistas é de R$ 3,8 mil, enquanto os vencimentos iniciais dos médicos vinculados à secretaria ganham cerca de R$ 8,5 mil.

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