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Mesmo com pedido de prisão, Cabo Porto deve testemunhar sobre greve da PM

audiências PM
Audiências de instrução sobre a greve da PM acontecem na 4ª Vara Criminal de Vitória. Foto: Thais Rossi.

O vereador Jucelio Nascimento Porto (PSB), o Cabo Porto, é aguardado para testemunhar na 4ª Vara Criminal de Vitória, sobre a greve da Polícia Militar em fevereiro de 2017. Mesmo com um pedido de prisão preventiva cautelar protocolado pela Procuradoria-Geral da Câmara da Serra, ele precisa comparecer ao Fórum. Isso pode acontecer até de forma coercitiva.

O advogado dele, Alexandre Cruz Hegner, explicou que se o mandado de prisão sair pela Serra, Cabo Porto será preso. Caso ele não compareça ao Fórum já intimado, a juíza Gisele Souza de Oliveira, que conduz as audiências, pode ordenar que um oficial vá buscá-lo.  “Ele é ex-PM, e participou intensamente da tentativa de mediação e interlocução do movimento no início”, explicou o advogado.

Segundo o advogado, o mandado de prisão é referente a um vereador da Serra preso com uma quantia de dinheiro. No entanto, ele não soube explicar qual o envolvimento de Cabo Porto com o caso. Se o mandado de prisão sair, ele pode ser preso até mesmo após o testemunho.

Para a tarde, também são esperados os testemunhos do presidente da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES), Renato Martins Conceição; e dos deputados Josias da Vitória e Marcelo Santos.

Testemunhas desistem

Quatro testemunhas de uma das 14 rés no processo referente ao núcleo dos familiares dos militares que participaram da greve desistiram de comparecer ao Fórum. Pela manhã, prestaram depoimento o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela; o ex-Procurador-Geral do Estado, Rodrigo Rabelo Vieira, e o ex-secretário de Direitos Humanos, Júlio Pompeu.

Pompeu foi intimado como testemunha de outras duas rés no processo, mas disse não saber quem são elas. Por mais de 40 minutos, eles respondeu perguntas sobre as negociações ocorridas durante a greve, e falou sobre as ações das familiares que se sentaram à mesa com os representantes do Estado.

“Uma grande dificuldade do Estado era estabelecer negociações. Porque pela dinâmica, as mais diversas pessoas assumiam a liderança para manter o movimento. Mas assumir esse para encerrá-lo, isso era difícil achar”.

Pompeu afirmou que era a categoria da PM quem estava em greve, mas as negociações eram feitas com familiares e associações, que por sua vez, diziam não ter começado o movimento. “Eu acredito que toda categoria de trabalhadores tem direito a reivindicar melhores salários e condições de vida. Mas categoria nenhuma tem o direito de fazer isso às custas da vida dos outros. Há diversas formas de se manifestar. Aquela que causa morte e prejuízo é a via errada”.

Rodrigo Rabelo Vieira falou das 9h50 às 10h11. À época, foi ele quem assinou o documento decretando a ilegalidade da greve. O ex-procurador afirmou, perante a juíza, que os nomes das participantes do movimento chegou até ele através da Polícia Militar. A corporação coletou os nomes a partir de entrevistas e reuniões, preparou um documento, e apresentou a Procuradoria.

Rodrigo Rabelo Vieira afirmou ainda que recebeu um relatório (que está anexado ao processo criminal), onde supostamente constavam o nome de líderes do movimento. No entanto, ele alegou não se lembrar do conteúdo, em razão do tempo decorrido.

 

 

 

 

 

 

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