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Menções a presidenciáveis atingiu 9 milhões de tuítes, aponta pesquisa

tuitesCom quase 9 milhões de tuítes entre os dias 19 e 25 de setembro, o volume de menções aos presidenciáveis atinge patamar mais próximo ao do pico de menções políticas do país neste ano, quando houve o ataque a Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, no começo de setembro (9,9 milhões de tuítes). É o que aponta a nova edição do DAPP Report – a semana nas redes.

Segundo a pesquisa, desde aquele momento, porém, não houve nenhum evento político específico responsável por tamanha mobilização — e sim a combinação de agendas, debates e pautas próprios do cenário eleitoral. Esse contínuo aumento decorre do maior espaço ocupado pela conjuntura política como um todo no interesse público na web.

Isso não significa, entretanto, de acordo com a pesquisa, que não permaneça relevante a atividade de robôs entre os fluxos de discussão orgânicos na rede: caiu em relação à semana anterior, a proporção de robôs e interações automatizadas, mas, em números absolutos, continua crescendo a presença de atividades ilegítimas, com mais robôs e postagens feitas por estes.

Segundo a DAPP Report, os dois líderes das pesquisas de opinião, Bolsonaro e Fernando Haddad, seguem reunindo a maior concentração de perfis automatizados em seus núcleos de apoio e são os dois candidatos com maior volume de menções no Twitter — com Ciro Gomes praticamente empatado com Haddad em presença no debate (ambos registram em torno 1,1 milhão de citações no período), e Marina Silva e Geraldo Alckmin bem abaixo dos três.

No Facebook, o cenário das últimas semanas se mantém estável, com Bolsonaro à frente e João Amoêdo atraindo forte volume de engajamentos. Haddad se posiciona logo atrás, com estável média diária de interações, já conseguindo ampliar a base de seguidores em função das bases de apoio a Lula. No entanto, ao contrário do que se verifica no Twitter, Marina consegue melhor desempenho, em comparação a Alckmin, e em posição de disputa com Ciro por maior alcance na rede social.

Entre os dias 19 e 25 de setembro, foram coletados 8.824.293 tuítes e 6.272.829 retuítes discutindo as eleições presidenciais e seus candidatos, números consideravelmente maiores que os da semana passada, quando foram registrados 7.465.611 tuítes e 5.285.575 retuítes.

Foram identificados 3.258 perfis automatizados de acordo com a metodologia da FGV DAPP, que geraram 707.802 interações (11,3% do total). Apesar de a porcentagem de interações de robôs no período analisado ser ligeiramente menor que a detectada na semana passada, quando representaram 12,9% das interações (3.198 perfis automatizados e 681.980 interações), tanto o número absoluto de robôs quanto o de retuítes envolvendo contas automatizadas foram maiores nesta semana. Excluídas as interferências de robôs do debate, foram identificados seis grupos principais na discussão sobre os presidenciáveis:

Grupo rosa

O grupo que se une por oposição a Jair Bolsonaro permanece como maior em número de perfis (49,1%) e como segundo em termos de interações, tendo gerado 22,9% do debate total, o que representa um aumento de cerca de dois pontos percentuais tanto na proporção de contas como de retuítes.

Sem um alinhamento partidário definido, o grupo possui viés progressista e mobiliza memes e piadas para criticar a política brasileira. Aparecem, no grupo, várias publicações com a hashtag #EleNão. Os perfis também difundem um áudio falso de Bolsonaro falando com o filho no hospital. Algumas contas do grupo elogiam os candidatos Ciro Gomes e Marina Silva.

Grupo azul

Em apoio a Bolsonaro, o grupo azul apresentou novamente um crescimento no debate, unindo 19,3% dos perfis (2 pontos a mais que na semana passada) e gerando 50,9% das interações analisadas (aumento de quase 4 pontos). Os principais tuítes do grupo são da conta de Bolsonaro e falam sobre sua recuperação, além de agradecer o apoio recebido até então. Também repercutiram publicações do candidato que negam uma possível volta da CPMF caso ele seja eleito presidente. Muitos tuítes populares são do humorista Danilo Gentili.

Grupo vermelho

Após o crescimento na semana passada, o grupo vermelho, que reúne perfis alinhados à esquerda, teve uma redução em cerca de 6 pontos percentuais na proporção de perfis que agrega, registrando, nesta semana, 11,7% das contas analisadas, e de 7 pontos em termos de interações (16,2% no período analisado).

O grupo demonstra apoio especialmente ao PT e à candidatura de Fernando Haddad —um de seus principais influenciadores —, mas também ao PSOL e a Guilherme Boulos. O principal tuíte compartilhado traz um vídeo que questiona a honestidade de Bolsonaro. Outros com repercussão no grupo destacam a reportagem da revista The Economist, que afirma que Bolsonaro é uma ameaça.

Grupo rosa escuro

Com 7,9% dos perfis em debate e 2% das interações do grafo, o grupo também faz oposição a Bolsonaro, mas apenas em tom de piada. Seguindo esta linha, aparecem alguns tuítes mobilizam a construção “uns querem lula, outros Bolsonaro, eu só quero…” para fazer piadas.

Grupo laranja

Grupo de apoio a João Amoêdo e ao partido Novo, o laranja também diminuiu em comparação com a semana passada, registrando 4,6% dos perfis (cerca de 3 pontos percentuais a menos) e 3,7% do debate (1 ponto a menos). Os principais tuítes do grupo são do próprio Amoêdo, que busca apoio para que possa participar dos debates presidenciais. No entanto, o grupo também possui subgrupos de apoio a Marina, cujo vídeo de campanha aparece entre os principais tuítes, e, de forma menos pronunciada, a Alckmin.

Grupo roxo

De apoio a Ciro Gomes, o grupo roxo, que na semana passada havia se unido ao grupo rosa, voltou a se destacar de forma coesa, com 4,1% dos perfis em debate e 3,9% das interações. Ciro é o principal influenciador do grupo e terceiro principal influenciador do grafo como um todo. Dentre os principais tuítes estão publicações do candidato e tuíte da atriz Patrícia Pillar, sua ex-mulher, demonstrando apoio ao ele.

Contas automatizadas

Durante a última semana, as contas automatizadas representaram 0,4% dos perfis engajados no debate e geraram 11,3% das interações sobre os presidenciáveis, proporções ligeiramente menores do que as encontradas na semana passada.

No entanto, em números absolutos houve um aumento das contas identificadas como robôs e de suas interações, que somaram, respectivamente, 3.258 e 707.802 durante o período.

O grupo com maior influência de interações automatizadas, tanto em termos absolutos quanto proporcionais, foi o grupo azul, de apoio a Bolsonaro. Foram encontradas 519.610 interações envolvendo robôs no grupo azul (15,5% das interações do grupo), volume maior que o registrado no DAPP Report anterior, quando foram identificadas 471.117, apesar de, naquela semana, a proporção ter sido de 17,8%.

O grupo vermelho, por sua vez, registrou uma queda nas interações de robôs de 165.225 na semana passada para 134.042 no atual período. Já o grupo laranja apresentou um salto de 10.595 para 22.486.

 

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