O mel de abelha produzido por comunidades indígenas de Aracruz (ES) vem se destacando fora do estado. Depois de ganhar espaço de comercialização no Mercado Municipal de Pinheiros, em São Paulo, o produto foi apresentado no maior evento apícola do país: o XXII Congresso Brasileiro de Apicultura e VII de Meliponicultura, realizado em maio em Joinville (SC).
Entre os destaques estiveram o mel maturado e o pólen, que acabaram antes da metade do segundo dia de feira. Os meliponicultores ficaram satisfeitos com o evento. “Eu adorei esse trabalho. Ficou a sensação de que nossa cooperativa tem tudo para dar certo”, ressaltou Jeferson Duarte, meliponicultor da aldeia de Comboios e integrante da diretoria da cooperativa.
Meliponicultura
A atividade de meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão) possibilita uma fonte de renda alternativa para as comunidades indígenas de Aracruz e contribui para a reintrodução de algumas espécies que não eram mais encontradas na região.
A iniciativa hoje beneficia 60 famílias, que participam da atividade com meliponários instalados em suas casas. A comercialização é feita em dois modelos: mel refrigerado e mel maturado. Hoje, um grande comprador é o Mercado Municipal de Pinheiros, que comercializa o mel sob a marca Tupiguá. O mel é ainda vendido a granel a restaurantes para uso como ingrediente em pratos especiais e comercializado em estabelecimentos de Aracruz, Vitória e de outros estados.