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Médicos entrem de greve na Serra e diminuem atendimento em unidades de saúde

por Milena Mangabeira – [email protected]

Os médicos da Serra entrarão em greve a partir deste sábado (10). A categoria se reunirá a partir das sete da manhã, em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina para reivindicar melhores condições de trabalho e de atendimento à população serrana.
O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) afirma que tentou negociação com a prefeitura da Serra durante mais de 60 dias. Houve reunião até mesmo com o Ministério Público do Estado para que se chegasse à um acordo, mas nada foi decidido.
Em assembleia, os médicos decidiram por deflagrar a greve que, entre várias questões, exige mais investimento nos locais de trabalho, reajuste do salário que está defasado há cerca de dez anos e atendimento digno à população. O SIMES destaca que a paralisação acontece em um momento em que o prefeito Audifax Barcelos não consegue atender as condições dos funcionários da área da saúde do município.
Um dos pontos destacados pelos médicos grevistas é a equiparação do salário dos funcionários municipais ao valor recebidos pelos médicos do programa do governo Mais Médicos. Os clínicos serranos chegam a ganhar quatro vezes menos que um médico do programa federal. Segundo o SIMES, a greve seguirá por tempo indeterminado.
Segundo o presidente do sindicado dos médicos, Dr. Otto Baptista, “o médico do município, concursado, ganha R$ 2.5 mil por 20 horas trabalhadas e, ao seu lado, o médico do programa Mais Médicos ganha um salário de R$ 10.500,00 mais ajuda de custo de R$ 6 mil. Não é justo com o médico do município”.
De acordo com a categoria, a prefeitura tem gastado com os médicos do programa do governo mais do que com os médicos do sistema regional. Dr. Otto salientou que a prefeitura tem orçado com a manutenção desses médicos de fora. “Estão arcando com alimentação, estadia em pousadas, ajudas de custo. E para nós, os médicos concursados e do sistema da Serra, não tem nada”, disse.
Durante as negociações, o prefeito solicitou 15 dias para dar uma resposta sobre as indicações dos médicos do município, e o presidente do sindicado esclareceu que “não foram cumpridos os prazos. A negociação com a prefeitura foi desastrosa. Existe um descaso do prefeito, secretaria de finanças e planejamento com a categoria”.
O atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e maternidades da cidade estarão com o contingente de médicos reduzidos em 50%. O direito de greve é assegurado por lei e, quando se deparando com paralisação de serviços públicos essenciais, é exigido uma cota mínima de funcionários para o atendimento à população.

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