A perda de audição afeta o indivíduo de diversas maneiras e possui um grande impacto nas habilidades comunicativas, contribuindo até mesmo para o isolamento social das pessoas. Dentre os fatores, o fone de ouvido pode ser considerado um dos principais responsáveis para o aumento de cidadãos com problemas de audição. Afinal, as pessoas estão utilizando o aparelho de forma errada cada vez mais cedo.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas auditivos. Dessas, 34 milhões são crianças. Há cinco anos o número total de casos era de 360 milhões. Diante ao crescimento, a OMS acredita que em 2030 o número de afetados poderá alcançar 630 milhões de pessoas.
Para o otorrinolaringologista Giulliano Enrico Ruschi, a exposição a som alto em celular, TV, rádio ou tablets, é uma das principais causas para a perda de audição gradativa. “Algumas pessoas quando se expõem por um longo período de tempo a sons muito intensos, podem desenvolver uma perda auditiva induzida por ruídos. Porém, o desenvolvimento de perda também depende de um fator intrínseco de cada organismo. Desta forma, não podemos afirmar que toda pessoa exposta a ruídos altos terá perda auditiva, e nem vice-versa”, explica o especialista.
O volume adequado – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade dos casos de surdez podem ser prevenidas respeitando os limites impostos pelas legislações sobre o tema. “A legislação brasileira, por exemplo, recomenda a exposição, de no máximo 85 decibéis de intensidade”, adianta Ruschi.