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Marcos do Val quer, no Senado Federal, mudar leis de segurança pública

Do val 2Mudar as leis que envolvem a segurança pública no Brasil. Esse é o motivo pelo qual o instrutor capixaba da SWAT – a polícia especializada americana – Marcos do Val, 46, quer ser candidato ao Senado Nacional pelo Espírito Santo. Ele, que há 18 anos é o único estrangeiro a ministrar para a corporação, considera que a Segurança Pública é a “espinha dorsal” da sociedade brasileira e que o enrijecimento de leis relacionadas é o caminho para uma melhor qualidade de vida.

“Estamos projetando essa candidatura porque há um clamor popular para isso. Eu não deixaria a minha vida para entrar na política à toa. Se for entrar é para fazer diferente, para fazer mudança. Por isso não me candidato a deputado, não começo como secretário… Não penso em carreira política. Meu objetivo é transformar a legislação da segurança, para que se torne mais eficiente. Por isso, vou direto ao Senado”, decretou.

O clamor vem de suas mídias sociais. Marcos Do Val tem aproximadamente 4,5 milhões de seguidores no mundo online, o que atraiu a atenção de partidos políticos. Mas afirma que ele mesmo bateu na porta do ex-governador Renato Casagrande (PSB), possível candidato ao Palácio Anchieta, buscando apoio. O contato, inicialmente, visou reverter as expulsões dos militares condenados a partir da paralisação da PMES em fevereiro de 2017.

“Vi que se entrar um governo novo pode ser revertido. E aí fui bater na porta do Renato, porque ouvi dizer que ele também poderia ser um candidato ao Governo e perguntei se haveria possibilidade, o que poderia ajudar os policiais. Ele me colocou que realmente se ele for candidato a governador e for eleito, ele consegue reverter a situação”, revelou o instrutor, que aplaudiu a gestão de Casagrande na área da Segurança Pública.

Saiba mais sobre o especialista e seus objetivos ao entrar na política.

Segurança Pública
Não precisa ser especialista para ver que a Segurança Pública no Brasil é falida, é um caos. Rio de Janeiro é um símbolo mais claro disso. Mas o Brasil todo sofre e o ES também está sofrendo nisso. Percebo que tem muita coisa que deve ser feito, mas com a atual legislação não tem como, a gente precisa mudar para melhorar. Precisamos de uma legislação mais rígida. O segundo ponto é o investimento – hoje o salário não condiz com o risco da profissão, a legislação não ajuda o trabalho da polícia, a estrutura é precária para o profissional exercer a função, falta reconhecimento.

Política
Há alguns anos, alguns partidos já vinham me convidando para ser um possível candidato, até por conta da minha redes social ser uma das maiores na área da segurança pública hoje no mundo inteiro. Mas vi que minha carreira foi chegando a um ponto que para fazer a diferença eu tenho que ir a algum lugar para mudar essa legislação que falo que não é o ideal e o Brasil sofre por conta disso. Até que culminou na greve dos policiais no ano passado. E acompanhei esse sofrimento dos policiais durante o ano, a falta de diálogo do governo, policiais sendo punidos. E aí fui bater na porta do Renato, porque ouvi dizer que ele também poderia ser um candidato ao Governo e fui perguntar se haveria possibilidade, o que poderia ajudar os policiais. Então é algo que estou pensando mesmo na possibilidade.

Por que Casagrande e o PSB?
Renato é unânime, todo mundo sabe disso, foi o governador que mais investiu em Segurança Pública na história do Espírito Santo. Tinha diálogo, incentivo. E o que vimos em fevereiro do ano passado foi explodir algo que já vinha sendo vivido na segurança capixaba: falta de diálogo. E isso foi o estopim, o que realmente culminou em todo esse problema e até hoje a gente tem visto isso, que o diálogo realmente não prevaleceu.

Polícia Militar e Bolsonaro
Chegamos ao fundo do poço. Porque a profissão que tem que ter o seu equilíbrio emocional. Quem tem que estar motivado para fazer a proteção da sociedade contra o crime, está desestruturado, sem estrutura emocional, pior do que a própria sociedade, que às vezes não tem noção do que está acontecendo dentro dos bastidores. Embora eu defenda os militares, a minha postura não é radical e não me assemelho ao deputado Jair Bolsonaro.

Do val 4Perfil “outsider”
Tenho escutado que meu perfil “não-político” tem vantagem. O fato de não ter um histórico político e ser um técnico da área. Não é também só não ser político, mas ser uma figura pública de um setor que não tem nada a ver, o qual eu quero levantar a bandeira, que é o da segurança pública. A principal bandeira.  Eu tenho uma equipe hoje que tem estudado bastante esse assunto. Me ajudado bastante a entender até que ponto a gente consegue mudar, até que ponto vai ser possível durante o período, ou não já de início. E, como não sou ainda candidato, estou esperando que a sociedade realmente comece a colocar meu nome com essa possibilidade. Porque eu só vou fazer, só vou entrar se for desejo deles. Se for para ser candidato não vamos entrar numa campanha denegrindo o outro para que possamos aparecer. Vamos falar sempre o que nós podemos fazer, e dizer para os capixabas que essas eleições de 2018 são a grande arma. Todo mundo fala da oportunidade de ter seu porte de arma, defender sua família, fazer um Brasil mais seguro. O momento é este, agora, nas eleições. Acho que nosso voto é nossa grande arma para fazer diferente.

Maioridade penal, desarmamento, pena de morte
Eu sou totalmente a favor da maioridade penal para 16 anos. São pessoas que têm consciência do que estão fazendo, dos seus atos. O problema é ainda maior por ser adolescentes, são mais impulsivos, são mais cruéis e então os crimes cometidos por eles são piores do que os cometidos por outros. Com relação ao porte de arma, acredito que o cidadão honesto pode ter a sua, desde que atenda a legislação. A pena de morte é algo que ainda a gente não está preparado para isso.

SWAT
Caso eleito vou ter o meu afastamento, com certeza. Mas a minha relação com a SWAT pretendo continuar, até porque eles querem fazer essa caminhada comigo. Eles querem ajudar nesse processo de nova cultura, de legislações, ver o que funcionou,o que não funcionou.

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Comentários
  1. Que bom que você colocou seu nome para a disputa ao Senado , precisamos de pessoas do seu nível : Equilibrado, competente e poderá com sua experiência em conhecimento de outros organismos de segurança mundiais , propor leis que valorizem os profissionais da área da segurança pública , principalmente os praças das polícias militares do Brasil , que infelizmente são esquecidos e marginalizados socialmente . Parabéns Ma cos só Val .

  2. “Técnico da área”, já entrou numa VTR, já trocou tiros com bandidos, já foi hostilizado pela comunidade, qd cumprindo o seu dever, me poupe dessa falácia, na minha opinião vc é mais do mesmo, se aproveitando do “gancho da insegurança pública “, e pregando essas idéias!!!!

  3. Eu acredito num Brasil melhor. E torcer pra que não se com romper também pois uma vez no senado vão fazer de tudo para compra logo. Queria que fissese uma lei onde tinha que aproveitar melhor nossos reservistas.Deus sabe todos as coisas .e uma lei a onde obriga os empresários de segurança privada. Envestir melhor no seus funcionários e leis pra porte de arma para essas pessoas e leis pra melhorar os armamentos do profissional de segurança privada

  4. Marcos, também sou líder em segurança, mais especificamente mineração e ferrovias, ainda estou com você, porém essa dictomia com o presidente Bolsonaro me decepcionou – eu acreditava que você seria mais uma mão amiga a unir forças – mas li, salvo melhor juízo, algo em que intitulava-se “Senador Marcos do Val relator do decreto legislativo apresentado pelo PT” e tal… estou ou melhor fiquei confuso com tal e não sei como me articular perante meus auxiliares e comandados; Mas siga em frente, cada um é dono da sua salvação.

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