A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (19) um boletim que compara os preços das frutas e hortaliças praticados em setembro em todas as Ceasas do país. O levantamento mostrou que após um primeiro semestre com queda nos preços, as frutas ficaram mais caras em quase todas as centrais de abastecimento.
Segundo a Conab, no Espírito Santo a maior alta foi detectada no preço do mamão, que teve um aumento superior a 27%. Outras frutas, como melancia, banana e laranja, auxiliaram a alavancagem dos preços com 10,5%, 2,1% e 1%, respectivamente. Na Ceasa capixaba, apenas a maçã baixou de preço: 1,72% de queda em setembro.
“As frutas surpreenderam com um leve desabastecimento, mas foi por causa das altas temperaturas que a procura ficou maior e a produção não conseguiu atender a demanda”, disse o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Companhia, Erick de Brito Farias.
Comum na mesa dos brasileiros, a banana enfrentou maior alta de preços no ano passado. O produto vinha se recuperando, aumentando a produção e diminuindo os preços no primeiro semestre desse ano. No entanto, o relatório de setembro mostrou uma alta nos preços da fruta em cinco das oito centrais analisadas. Segundo Farias, a alta registrada no mês passado foi pontual, devido à queda na produção de banana nanica, e não deve interromper a trajetória de recuperação do produto.
Apesar das elevações, algumas frutas tiveram queda nos preços em todo o Brasil, como nectarina (38%), ameixa (36%), caju e coco (26%), manga (18%) e morango (13%).
Hortaliças
Ao contrário das frutas, a maioria das hortaliças no Estado diminuiu de preços. As exceções foram o tomate, que subiu 14,8% no mês passado, e a cenoura, que acumulou aumento de 5,6% no ES. A cebola foi a grande, que baixou 15,3% em Vitória, apresentou quedas sistemáticas nos preços graças à forte oferta nacional.
O levantamento é feito mensalmente pela Conab, por meio do Programa de Modernização do Programa Hortigrangeiro (Prohort), com base em informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em junho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco e Ceará.