Apesar de estar diminuindo, desde o mês de novembro de 2017, quando atingiu 63,2%, o percentual de famílias inadimplentes em Vitória, no mês de março, aumentou em relação ao mesmo período do ano passado. Se em março de 2017, 41,2% das famílias da Capital estavam endividadas, no último mês esta porcentagem aumento para 42,6%, o que representa um número absoluto de 54.740 famílias que estão inadimplentes em Vitória. Considerando apenas entre os endividados, a inadimplência foi de 66,6%.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-ES, que mostrou também que o percentual de famílias cuja expectativa é de falta de condições para pagar suas dívidas em atraso no próximo mês diminuiu em março com relação ao mês anterior, passando para 15,3% das famílias da Capital.
O endividamento das famílias de Vitória caiu 7,4 pontos percentuais na passagem de fevereiro para março, mostrando que 64% das famílias se declaram endividadas, o que representa 82 mil famílias da Capital.
Sobre o nível de endividamento, a pesquisa mostrou que 43,2% dos entrevistados consideraram estar mais ou menos endividados e 4,7% consideraram que esão muito endividados.
Entre os endividados, a parcela de comprometimento da renda mensal com dívidas (cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês, empréstimo pessoal, prestações) ficou, em média, em 15,8%. As famílias que se encontram inadimplentes afirmaram que o pagamento está atrasado, em média, há 61 dias. Ainda, segundo eles, sua renda estará comprometida com essas dívidas pelos próximos sete meses.
Crédito pessoal é a principal dívida
Embora tenha subido a participação em março, o cartão de crédito deixou de ser o principal tipo de dívida das famílias de Vitória há cinco meses. Na pesquisa de março de 2018, o percentual dessa modalidade de crédito alcançou 42,3% da carteira de dívidas. O cheque especial também teve sua participação aumentada a 12,2% no terceiro mês do ano.
Ainda assim, o crédito pessoal e os carnês estão sendo mais utilizados e surgem como principais tipos de dívidas das famílias no período: 57,9% possuem dívidas com crédito pessoal e 56,8% com carnês.
As famílias que possuem rendimentos de até 10 salários mínimos são as que se encontram em maior dificuldade. Nesta faixa, 67% das famílias estão endividadas e 50,2% das famílias estão com alguma conta ou dívida atrasada. Nessa faixa também está o maior percentual daqueles que consideram não ter condições de pagar suas dívidas atrasadas no próximo mês.
Já para as famílias que têm renda superior a 10 salários mínimos, o endividamento está em 44,6% das famílias, a inadimplência em 5,4% e a falta de condição para pagamento das dívidas atrasadas no próximo mês é de 2,5%. A assessoria da Fecomércio informou que, apesar de índices considerados altos, o mês de março mostrou alívio, principalmente em relação à inadimplência, em relação a fevereiro.
