O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus e a microcefalia. O Governo Federal decretou situação de emergência em saúde pública de importância nacional devido ao aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos em Pernambuco. Atualmente, sabe-se que a microcefalia é só um dos problemas da chamada Síndrome Congênita do Zika, que afeta a parte neurológica de bebês com mães infectadas. Segundo o Ministério da Saúde, desde o início das investigações, em outubro de 2015 até 6 de outubro deste ano.
A descoberta da relação entre zika e microcefalia foi feita pela médica Adriana Melo, de Campina Grande (PB), ao colher líquido amniótico de mães gestantes de filhos já diagnosticados com microcefalia. O resultado foi a presença de zika no material.
Bebês com microcefalia nascem com perímetro cefálico menor do que a média. O problema pode ser provocado por uma série de fatores, desde desnutrição da mãe, abuso de drogas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus. Uma das suspeitas da equipe que investiga o surto é a contaminação da mãe pelo zika vírus. Transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que provoca a dengue. O vírus causa uma reação que até agora era dada pouca importância nos adultos: febre baixa, coceiras, manchas vermelhas pelo corpo.
Segundo dados do site da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram notificados 471 casos de infecção pelo zika vírus, no Espírito Santo, entre 31 de dezembro de 2017 e o dia 10 de novembro de 2018. Entre 22 de novembro de 2015 e 31 de dezembro de 2016 foram notificados no Espírito Santo 265 casos de microcefalia em bebês nascidos vivos, natimortos ou em gestação. Destes, 98 permanecem em investigação, 122 foram descartados e 45 foram confirmados para microcefalia.