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quinta-feira, 28 de março de 2024

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Mães por amor: elas “adotam” e se dedicam aos filhos

18426766_2082962351930745_2087063997_oA maternidade pode ser algo natural e fisiológica, como algo mais profundo. Há muitas mulheres que não são mães biológicas, mas que dedicam sua vida a educar e se doar para cuidar dos filhos de outras pessoas. Elas passam a maior parte do tempo com eles, muitas vezes são as que escutam a primeira palavra e veem os primeiros passos. O laço de afetividade é tão grande que acabam adotando, de coração, essas crianças. Em escolas, ONGs, creches, igrejas, mundo afora: é lá que elas estão.

“Tem crianças que chegam às sete da manhã e saem às sete da noite. O dia deles é aqui. A rotina deles é aqui. É aqui que às vezes vocês escuta falar a primeira palavrinha. A gente vê a criança não usando mais frauda, chupeta. Sair arrastando a bolsinha. Você acompanha quando saem, e até sente um vazio quando deixam esta fase, porque já fazem parte de você”. O relato é da Elane Silva Assis, 33, assistente social há quatro anos numa escola de Vitória.

De acordo com a assistente social, é uma motivação ver a felicidade das crianças. Elane conta que tem dois filhos, o mais velho de 17 anos e o outro de apenas 11 meses e poder sentir as crianças da escola bem e os pais contente com o resultado, encoraja deixar os filhos com outra pessoa.

IMG-20170509-WA0015Sabrina de Souza, 31, é auxiliar de escola e diz que há sete anos se sente uma “mãe de coração” de centenas de crianças. “Você acompanha o crescimento de uma criança que não é sua. Então a gente acaba se apegando muito e vibra com os acontecimentos do dia a dia e com cada conquista”.

Neuza Ramos, 45, não pôde ter filhos biológicos, mas não abriu mão de maternidade e assumiu, com todo amor Marcelo e Fernanda, hoje com 19 e 21 anos respectivamente. Os irmãos têm pais presentes, mas viveram desde pequenos sob os cuidados atentos da babá. Neuza lembra que chegou à casa dos “seus meninos” quando “Marcelinho” tinha seis meses.

“Eles são como meus filhos. Nunca faltei um aniversário do Marcelinho, fui na primeira comunhão, e chorei muito quando ele se formou. Meu pequenininho cresceu e eu sempre estive pertinho. Não pude ter filhos daminha barriga, mas ele e a Nanda são meus de coração”.

Marcelo confirma. Segundo ele, junto com sua irmã ele não sabe o que é viver só. “A confiança que meus pais sempre tiveram na Nê e o cuidado que ela tem conosco é emocionante. Há uns dez anos sempre compro presente para ela no Dia das Mães, porque ela é quase isso para nós. Temos pais presentes, mas todas as vezes que eles precisaram se ausentar, fizeram com tranquilidade, porque Nê estava conosco”.

Martha e ThiagoEscolha: ficar mais perto
A psicóloga Martha Zouain mudou sua história de vida e profissional para estar mais perto do filho, Thiago, hoje com 20 anos. A história dessa mudança toda começou quando o Thiago tinha apenas dois anos. Durante 12 anos Martha trabalhou em uma grande empresa em São Paulo e um belo dia, desejosa de ter mais tempo para o filho, pediu demissão, voltou para Vitória e abriu seu próprio negócio. A grande expectativa era conseguir conciliar trabalho e cuidados com seu pequeno. Assim foi feito.

Martha abriu sua consultoria de RH, mas em um formato diferenciado: no mesmo espaço, divididos apenas por um andar, funcionava um Café Livraria. Na parte da frente da livraria tudo era voltado para adultos e na parte de traz ela fez um espaço infantil batizado de “sala do Thi”. Tudo para o filho ficar perto, e ainda incentivar o pequeno Thiago a ter hábitos saudáveis.

Hoje o café com leitura não existe mais, mas Martha continua com sua consultoria. “Sou muito feliz com a escolha que fiz naquele momento. Senti que precisava dar uma pausa no ritmo que eu tinha de trabalho para estar mais perto do meu filho. E hoje vejo que tudo valeu a pena. O Thiago é um homem de 20 anos, com valores sólidos, dedicado a construir uma vida digna e honesta. Mais do que isso: contribuir para um mundo melhor. Tenho orgulho da pessoa que ele se tornou e sei que muitas dessas características poderiam não ter florescido se eu não tivesse me dedicado na intensidade e qualidade que pude a ele”, disse Martha.

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