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Mãe é tudo igual? Confira as histórias bem diferentes de três delas

“Mãe é tudo igual, só muda de endereço”. Quantas vezes já ouvimos por aí essa frase, ao fim de relatos sobre as atitudes maternas. No dia delas, o Jornal ESHOJE apresenta aos leitores três histórias de mães bem diferentes. De igual, mesmo, só o amor incondicional e a dedicação aos rebentos, sejam eles do ventre ou do coração.

Mãe em tempo integral

Valeria e Vitoria ReisExistem muitas mães que abrem mão de suas carreiras para cuidar de seus filhos por um tempo. Mas no caso de Valéria Reis, o ‘cuidar’ tem outro peso. Mãe de três filhos, Valéria viu sua vida se transformar ao perceber que, aos seis meses, sua filha caçula, Vitória, tinha algum problema sério. “Vivi não sentava e não conseguia manter a cabeça firme. Isso porque minha filha teve falta de oxigenação durante o parto, o que causou uma paralisia cerebral”, explicou.

Depois disso, Valéria deixou seu trabalho –era balconista em uma padaria – e passou a viver em função de Vitória. “Levo à fisioterapia, à escola, até ao show do Rebelde eu já fui”, contou a mãe coruja.

Para se ter ideia do tamanho do companheirismo, Valéria agora faz curso técnico em Logística junto com a filha. “As estagiária não se adaptaram à condição da Vitória, então quem a acompanha nas aulas sou eu”, frisou. E terá também um diploma.

Hoje com 17 anos, e contrariando todos os prognósticos médicos, a única coisa que Vitória ainda não consegue plenamente é andar. Tudo graças à dedicação da sua mãezona. “Faria tudo de novo, quantas vezes fosse preciso. Não existe nada mais gratificante do que ver a evolução da minha filha. Vale muito a pena”.

Mãe é quem cria

Cinthia AmorasMãe é aquela quem dá à luz, mas não necessariamente isso acontece em um parto. A psicopedagoga Cínthia Amoras, 40 anos, iluminou – e foi iluminada – há nove anos, quando adotou as irmãs Stephani, 19 anos, e Ludmilla.

“O desejo de viver a experiência da adoção vem desde a minha infância, pelo exemplo de tias que adotaram seus filhos, por diferentes motivos. Cada uma das histórias de adoção dos meus primos me tocou de uma forma especial e carreguei comigo esse sonho de ser mãe adotiva”.

O marido, Marcelo, abraçou a ideia e após o casamento, em 2005, os dois começaram a elaborar o processo de adoção. “Tivemos tempo de elaborar a idéia da adoção tardia, quer dizer, adotar crianças maiores em vez de bebês. Sentimos que fazia mais sentido. Alguns (poucos) amigos e familiares se preocuparam conosco, pois seria um desafio maior ter que lidar com uma história pregressa. Mas sentíamos que deveria ser assim, crianças maiores, de preferência irmãos. Essa seria a nossa família”, explicou Cínthia.

“Em 2009 recebemos a tão esperada ligação. Finalmente pudemos conhecer as crianças que receberíamos nas nossas vidas e corações. Foi arrebatador! Você se descobre capaz de sentir emoções jamais imaginadas! Ali, diante dos nossos olhos, estavam duas meninas encantadoras, que traziam no olhar uma beleza e uma força impressionantes! Crescia dentro de mim um medo imenso diante da responsabilidade de conquistar esses dois corações”, relatou a mãe.

Quanto ao processo, a psicopedagoga classificou como uma ‘gestação’ longa e burocrática. “Mais famílias poderiam se ‘encontrar’ se houvesse uma estrutura maior de apoio à adoção, com mais profissionais para o atendimento e menos burocracia. Adotar não é “boa ação”. Trata-se de vidas, da formação de uma família. Trata-se de se dispor a amar incondicionalmente alguém que carrega uma bagagem de vida, muitas vezes dolorosa. Você tem que saber que vai receber na sua vida um coração com cicatrizes. E que essas dores passarão a ser suas também. Por isso é necessário estar disposto, com o coração aberto e repleto de amor. Mas é importante saber que todo amor cultivado floresce. E floresce com uma beleza surpreendente. A pessoa que se permite viver essa experiência descobre um tipo de amor sublime, inexplicável, infinito e sem igual”.

Primeira viagem: ida e volta

Carmem e ServuloA scraper Carmem Tristão, de 36 anos, contou ao ESHOJE sua história. Após 12 anos de casamento, ela e o marido estão ‘grávidos’. A artesã falou que adiou a gravidez durante muito tempo por causa da carreira de jornalista. “Todas as vezes que pensava em ter um filho mudava de emprego ou era promovida, então resolvia esperar. Até que, em setembro de 2015, parei de tomar anticoncepcionais. Só que o neném não veio”.

Dois anos depois, Carmem desistiu e começou a cuidar da saúde. Cinco meses depois, com 25 kg a menos, a artista sentiu um atraso na menstruação e fez exames. Apesar de ser pega de surpresa com a confirmação da gestação, em fevereiro, a mamãe de primeira viagem ainda não tinha ideia do que estava por vir.

“Cheguei ao local do ultrassom uma hora antes do horário marcado. Estava super ansiosa para saber se meu bebê estava bem. Na hora do exame, a médica marcou dois pontos na imagem. Eu não entendi nada, nunca havia feito um exame desses, mas meu marido, que já tem dois filhos, recostou na cadeira e disse: ‘ai, meu Deus’. Só consegui entender o que significava aquela sinalização quando a doutora falou ‘são dois, tá?’”.

A partir daí, uma mistura de sentimentos invadiu Carmem. “Eu chorei, gargalhei, não conseguia me conter. Quando ouvi os dois coraçõezinhos batendo, um amor sem tamanho me tomou. Eu não queria mais sair da sala de exames”, exclamou.

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