Dólar Em alta
4,988
28 de março de 2024
quinta-feira, 28 de março de 2024

Vitória
27ºC

Dólar Em alta
4,988

Mãe de meninos mortos carbonizados em Linhares pode estar grávida, afirma defesa

Juliana Salles, mãe das crianças mortas em incêndio, ao lado marido e pastor George Salles. Foto: Reprodução / Facebook
Juliana Salles e Georgeval Alves, acusado pela morte de Kauã e Joaquim, em Linhares. Foto: Reprodução / Facebook

Acusada de se omitir aos riscos de agressão, abuso e morte de seus dois filhos, Kauã, de 06 anos, e Joaquim, de 03, e detida desde o último dia 20 de junho na penitenciária de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, Juliana Salles pode estar grávida. De acordo com uma integrante da junta de advogados que representa a mulher, ela teria tido tonturas, enjoos e atraso menstrual, sintomas típicos no início da gestação.

Por isso, a junta requereu à administração prisional que seja realizado um exame de sangue, o que deve acontecer na próxima sexta-feira, dia de coleta de sangue no presídio mineiro. Por conta dessa suspeita, os advogados de defesa pretendem protocolar um pedido para que Juliana não seja transferida para o Espírito Santo.

Acusação

Segundo o Ministério Público, a mãe sabia dos abusos sofridos pelos filhos e, juntamente com o marido, pretendiam usar a morte das crianças como forma de ganhar ascensão perante os fieis da igreja onde pregavam.

O crime

 

Os corpos dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6 anos, foram encontrados carbonizados, dentro de um quarto da residência onde moravam, em Linhares, na madrugada do dia 21 de abril deste ano.

Na ocasião, o pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, mais conhecido como George, era o único que estava em casa com os irmãos. George era pai de Joaquim e padrasto de Kauã.

Segundo contou a um amigo da família, George disse que acordou com o choro pela babá eletrônica e percebeu que o quarto dos meninos estava em chamas. No mesmo momento, ele afirma que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando também os pés e foi empurrado para fora pela força do fogo.

No dia 28 de abril, o pastor George foi preso em hotel do município, e encaminhado ao presídio de Viana.
Após o incêndio, os corpos dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal de Vitória, de onde só saíram no dia 10 de maio, após realização de exames de DNA.

Quase um mês depois da prisão, dia 23 de maio, a polícia conclui o inquérito e o envia ao Ministério Público. Segundo a conclusão, Georgeval abusou sexualmente do filho e do enteado, os espancou e ateou fogo ao quarto com as duas crianças dentro, ainda vivas.

Juliana Sales foi presa no município de Teófilo Otoni na madrugada de 20 de junho. O MPES, responsável pela prisão, afirma que tem “provas contundentes de que a mulher conhecia o desvio de conduta do marido, assim como os problemas com sua sexualidade e mesmo assim deixou os filhos com ele. A omissão de uma mãe nesse caso tem valor equivalente ao crime”, explicou Tannenbaum. Por conta disso, Juliana foi acusada de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e fraude processual.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas