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Mãe de criança morta após estupro auxiliou o marido a fugir do flagrante

maria izabelFoi presa ao 12h30 desta sexta-feira (2), em Cariacica, a cuidadora de idosos Maria Izabel Claudino, 22, mãe da menina Fabyanie Isadora Claudino, de 2 anos e 4 meses. Segundo o delegado Lorenzo Pazolini, ela foi omissa em relação as agressões que a filha sofria, e auxiliou no dia dos fatos pra que o acusado, Michael Lelis, 28, fugisse do flagrante e não voltasse mais Hospital Infantil de Vitória.

Ainda segundo o titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), depoimentos de parentes, vizinhos e profissionais de saúde do hospital foram contundentes ao afirmar que Maria Izabel sabia que a menina apanhava do padrasto. Ela apresentava hematomas diários pelo corpo, além de uma mordida na perna em fase de cicatrização.

“No fim de semana passado tivemos indícios que caracterizaram tortura e que ela se omitiu no dever de cautela, mantendo a menina com o acusado. Diante desse cenário, representamos pelo pedido de prisão temporária. Os depoimentos confirmam que não havia possibilidade de ela não saber o que acontecia com a filha”.

O delegado afirmou ainda que no dia do crime, Maria Izabel foi orientada por uma assistente social a não informar para Michael sobre os exames detalhados feitos no corpo da criança. Mesmo assim, ela enviou uma mensagem por celular dizendo: “Tem assistente social e polícia no caso. Já estão no hospital”. A polícia interpretou o fato como cobertura e orientação para que o acusado fugisse.

Em depoimento, uma parente afirmou que Fabyanie se machucou uma semana antes do crime. Em questionamento a Maria Izabel, ouviu que a criança caiu da escada. Disse ainda que era visível, a olho nu, que os hematomas não aparentavam ser resultado de uma queda.

Pazolini disse que Michael Lelis e Maria Izabel estavam juntos há 2 anos e meio. Há cerca de 9 meses, parentes se ofereciam para cuidar da criança, alertando a mãe para não deixar a criança com o acusado. Segundo os depoimentos, a criança afirmava que apanhava e o casal discutia seguidas vezes por isso.

Informou também que outras duas crianças e um bebê de 10 meses moravam com eles, mas não há indícios de agressões contra eles. Mesmo assim, um deles afirmou em depoimento que não dormia enquanto a mãe não chegasse do trabalho para proteger a irmã de outra agressão.

De acordo com o delegado, toda a equipe hospitalar que atendeu a criança suspeitou da versão apresentava pela mãe de que a menina caiu da escada. Segundo o depoimento de uma profissional, Fabyanie vomitava seguidamente, estava apavorada e não deixava que homens se aproximassem ou tocassem. Mesmo assim, Maria Izabel não chorava nem acompanhava o drama da filha. Ela foi embora cerca de 4 horas depois e deixou a criança aos cuidados de uma tia. Ela não resistiu e morreu após ser torturada e violentada.

“Maria Izabel foi absolutamente fria com a situação. Isso gerou uma revolta das outras mães, que queriam a agredi-la e os seguranças foram chamados. Ela tomou conhecimento de todos os fatos, a equipe médica se emocionou com o quadro, e ela permanecia indiferente, como se nada dissesse respeito à filha”.

Na delegacia, Maria Izabel afirmou ser inocente. Disse que o marido nunca fez nada contra a criança perto dela e que sofria por não ter opção. “Não presenciei agressão dele contra ela. Tudo isso começou depois que eu passei a trabalhar. Eu perguntava o que acontecia e ele falava que ela caia, pra eu procurar saber e eu confirmava”.

Afirmou ainda que mostrou a mensagem que enviou para Michel a assistente social, e que não suspeitava dele porque não sabia o que estava acontecendo com Fabyanie. Ela negou ter sido fria, e afirmou que estava em estado de choque e com a situação da filha.

Disse também que a menina ficou dois meses sob tutela de uma tia, mas que não foi por agressão. “Eu queria acordar e ver minha filha em casa. Ninguém me alertava sobre o que acontecia com ela. Eu sempre quis protegê-la. Estou tentando manter o controle porque tenho outros filhos. Eu tenho sentimentos. Meus filhos não vão ficar com outras pessoas porque eu não vou ficar presa”.

O delegado afirmou que ela pode perder a guarda dos outros três filhos. As crianças ficaram com parentes e estão sob auxilio do conselho tutelar. Outros parentes já se dispuseram a ficar com eles.

Maria Izabel Claudino foi encaminhada ao Presídio Feminino de Bubu, em Cariacica, e responder pelos crimes de tortura e estupro de vulnerável. Se condenada, pode pegar até 31 anos de prisão. “A conduta dela tem consequência na área penal e ela vai responder pelos mesmos crimes que ele. Ela alegou que tomou todas as cautelas, olhava a criança e não percebeu nada de diferente. Nos sabemos que essa versão é absolutamente inverídica, visto que o laudo medical e testemunhas afirmam que ela sabia que a criança era agredida fisicamente e não fez nada para evitar”, concluiu o delegado.

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Comentários
  1. Simplesmente adorei as dicas citadas aqui, realmente a infertilidade é um grande problema que afeta muitas mulheres e acredito que com um bom tratamento nós podemos conseguir o tão sonhado filho ou filha. Adorei seu blog.

  2. Oi Gente, estou fazendo uma visitinha por aqui.
    Gostei bastante do site, vou ver se acompanho toda semana suas postagens
    Gosto muito desse tipo de conteúdo um Abraço 🙂

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