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Macacos mortos em São Paulo reacendem risco de surto de febre amarela no país

ampolas_febre_amarela-214768Menos de dois meses depois de o Ministério da Saúde declarar o fim do último surto de febre amarela no país — que entre 1º de dezembro de 2016 e 1º de agosto de 2017 teve confirmados 777 casos, com 261 mortes —, a doença volta a assustar com a recente descoberta de macacos mortos no Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo.

No Estado do Espírito Santo, só em 2017, a doença atingiu 329 pessoas e matou 130 capixabas. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mais de três milhões de pessoas foram imunizadas contra a febre amarela em todo o Estado, o que representa uma cobertura vacinal de 85,40% da população capixaba. As vacinas continuam disponíveis nas unidades de saúde para quem pode se vacinar.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a morte dos macacos em São Paulo representa a possibilidade de um “novo ciclo” de febre amarela no país, separado do surto recém-encerrado, já que antes de declarar seu fim se passaram 90 dias sem registro de novos casos. Ele destacou ainda que o último surto deixou “todos mais alertas” para a doença.

Chefe do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Amilcar Tanuri não considera precipitado a decisão do ministério de declarar o fim do recente surto. No entanto, ele diz que a situação em São Paulo é “preocupante” e evidencia a necessidade de uma “vigilância permanente” com relação à doença no país.

“Se o vírus continuasse em circulação entre a população de macacos e de humanos nas áreas afetadas pelo último surto nos estados de Minas, Espírito Santo e Rio, esses 90 dias seriam mais que suficientes para sua incubação e o surgimento de novos casos. Os casos de febre amarela em humanos no Brasil têm surgido principalmente em regiões periurbanas, onde os macacos ficam muito perto das cidades e as pessoas vão a lazer ou a trabalho. Só porque um surto acabou não quer dizer que o vírus não possa emergir em outro local. O Brasil é um país muito grande, e por isso a vigilância contra a febre amarela tem que ser permanente”.

São Paulo
Com o surgimento de novo caso em São Paulo, a prefeitura da capital paulista pretende vacinar um milhão de pessoas. E as doses serão fornecidas pelo próprio Ministério da Saúde, que também ontem anunciou o envio de um milhão de unidades para São Paulo em resposta a uma solicitação do estado para reforçar a vacinação após o registro de uma morte humana na cidade de Itatiba na semana passada.

Segundo o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, foram encontrados cinco macacos mortos no Horto na semana passada. Além do que já foi diagnosticado com febre amarela, mais dois vão passar por exames. Os corpos dos restantes já estavam em estado de decomposição muito avançado para realização das análises. Desde sábado, o Horto e o Parque da Cantareira, também na Zona Norte da capital paulista, estão fechados por tempo indeterminado para “ações de prevenção à saúde”.

macaco_febre_amarela-214502Em território capixaba, a Sesa recebeu notificação de mortes de macacos em 59 municípios, dos quais 28 tiveram amostras confirmadas para febre amarela: Afonso Cláudio, Aracruz, Atílio Vivácqua, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Guarapari, Ibatiba, Ibiraçu, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Pancas, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Serra, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vitória e Vila Velha.

Os vírus das febres amarelas silvestre e urbana são os mesmos. A única diferença é o vetor, isto é, o mosquito transmissor. No caso da versão urbana, são insetos do gênero Aedes, que também transmitem dengue, zika e chicungunha, num ciclo em que picam uma pessoa doente e espalham o vírus nas picadas seguintes. Desta forma, os sintomas da febre amarela silvestre e urbana também são iguais. De 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a forma grave da doença morrem.

(Com informações de O Globo)

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